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Boris Becker: «Djokovic pode fazer o que quiser que vai ser sempre criticado»
Embora esteja a fazer a quarentena em Adelaide, Novak Djokovic chegou-se à frente e pediu a Craig Tiley, diretor da Tennis Australia, para se mudar para Melbourne ou, pelo menos, melhorar as condições dos colegas de profissão. No entanto, as requisições foram negadas e o número um do Mundo acabou a ser alvo de muitas críticas. Na opinião de Boris Becker, lenda do ténis alemão e antigo treinador do sérvio, os ataques são injustos.
“O que ele escreveu estava absolutamente certo. Nesta altura, Djokovic pode fazer o que quiser que vai ser sempre criticado. Aqui é mesmo injustificado. Quis chegar-se à frente pelos jogadores, criar condições justas para todos, mas foi muito criticado, até pelo primeiro-ministro australiano. Penso que é importante para a Austrália e para Melbourne que os jogadores vão para Melbourne. É bom para a cidade e para a economia. O país e a cidade beneficiam com isso e teriam de tratar os jogadores de forma mais justa e respeitável”, afirmou Becker, de 53 anos, à Eurosport.
O antigo número um do ranking ATP defendeu Djokovic, mas também aproveitou a ocasião para ‘atacar’ a organização do Australian Open. Para o germânico, o que se está a passar antes do primeiro Grand Slam da temporada não faz sentido, nem será justo.
“Um terço dos jogadores está em condições adversas na Austrália. Quando saírem da quarentena não estiveram ao ar fresco, não jogaram ténis. Não interessa o que fizeram no quarto, eles não jogaram e vão ter uma semana para se preparar para jogos à maior de cinco sets, no caso dos homens, em condições muito quentes. Isso não funciona. Toda a preparação de inverno foi para nada. É preciso perguntar se estas condições são justas para todas. Como organizar, tens de te perguntar: isto está certo? É razóavel?”, questionou Becker.
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