Lundgren e o trabalho com Federer: «Vencer Wimbledon em 2003 foi fantástico»

Lundgren e o trabalho com Federer: «Vencer Wimbledon em 2003 foi fantástico»

Por Tiago Ferraz - maio 18, 2020
Federer-Wimbledon-Esquerda
Tennis – Wimbledon Preview – All England Lawn Tennis and Croquet Club, London, Britain – June 29, 2019 Switzerland’s Roger Federer during practice REUTERS/Tony O’Brien – RC1FE4B09670

O antigo treinador de Roger Federer, Peter Lundgren, falou ao Tênis Brasil onde lembrou os tempos em que trabalhou com o astro suíço.

“É extremamente difícil dizer, exatamente, como construir um jogador. Não sabes que deves começar pela parte física, pela mental ou se trabalhas a parte técnica. Cada pessoa evolui de forma diferente porque há muitos elementos que têm que estar presentes para que se chegue ao topo. Temos que recordar que Roger Federer venceu o seu primeiro Grand Slam com 22 anos e isso significa que nem todos são como Rafael Nadal (venceu o primeiro ‘major’ aos 19 anos em Roland Garros)”, disse, citado pelo Punto de Break.

Lundgren realça ainda a dificuldade que é treinar alguém como Federer e lembra o primeiro momento de ‘explosão’ de alegria:

“Nunca é fácil trabalhar com um jogador de ténis, mas o Roger era um jovem muito talentoso, tinha alguns problemas de concentração e ainda não estava totalmente preparado a nível físico. As coisas começaram a evoluir muito rapidamente porque ele sempre quis ser o melhor e via que tinha potencial para que isso fosse uma realidade. A verdade é que era uma pessoa com quem era difícil de trabalhar, mas é alguém que tem um grande coração, cresceu muito rapidamente até se converter no grande embaixador de ténis que é hoje em dia. Estou muito orgulhoso de tudo o que ele conseguiu ao longo da carreira (…) Wimbledon em 2003 foi um momento muito especial para os dois. Sempre quis vencer esse torneio, mas como jogador só cheguei aos oitavos de final. Como treinador conseguiu vencê-lo e esse facto deixou-me muito feliz. Para o Roger esse título era o que todos esperavam dele. Na verdade, foi um alívio”, sublinhou .

 

 

Jornalista de formação, apaixonado por literatura, viagens e desporto sem resistir ao jogo e universo dos courts. Iniciou a sua carreira profissional na agência Lusa com uma profícua passagem pela A BolaTV, tendo finalmente alcançado a cadeira que o realiza e entusiasma como redator no Bola Amarela desde abril de 2019. Os sonhos começam quando se agarram as oportunidades.