João Sousa: «Desporto à porta fechada não é a mesma coisa mas vamos ter de nos habituar»

João Sousa: «Desporto à porta fechada não é a mesma coisa mas vamos ter de nos habituar»

Por José Morgado - maio 12, 2020
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João Sousa participou esta terça-feira na rubrica ‘Polaris Talks’, onde falou com o futebolista do Barcelona Nelson Semedo sobre a sua carreira e este período difícil que enfrentamos. O vimaranense voltou a mostrar a sua preocupação com a vertente financeira da modalidade e lembrou que nada será como antes nos próximos tempos.

“Temos um grupo de top 100 onde tem sido discutida a situação financeira, que não está fácil. No ténis quem não joga não recebe. Nada voltará a ser como antes nos próximos tempos, temos a noção disso. A prioridade será a segurança dos jogadores e das pessoas”, assumiu o vimaranense de recém cumpridos 31 anos.

Sousa assume que jogar à porta fechada será triste e retira um elemento fundamental ao ténis, mas admite que os jogadores terão de se habituar. “Desporto à porta fechada não é a mesma coisa. O público em Wimbledon é super respeitoso, mas no US Open por exemplo está toda a gente a falar. Não ter esse fator será muito estranho. Vamos ter de nos habituar mas para mim não vai ser fácil. Vai ser tipo ambiente de treino. “

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Tal como Semedo, Sousa sonhou desde pequeno em chegar ao topo e não esconde que foi estranho jogar com Federer e Nadal das primeiras vezes. “Quando era pequeno via o Federer e o Nadal na televisão e acabou por ser um percurso natural. Com o passar dos anos passei a sentar-me ao lado deles e a jogar com eles…”

O minhoto assume-se fã do ambiente do Australian Open e lembre o encontro mais longo da sua carreira. “Em termos de ambiente, é muito giro a Austrália. Há pequenas claques que vão mesmo ver o teu jogo.  O meu encontro mais longo foi 4 horas e 20 minutos em Wimbledon. Nem dás por isso pois estás concentrado, na tua, nas tuas rotinas. Esse encontro começou às 5 da tarde e estava de dia. E de repente as luzes ligam. Aí apercebes-te, mas nem olhas para o relógio. Vais gerindo o esforço. Só no fim é que olhas para a hora e pensar ‘fogo, estive ali 4h20’.”

 

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com