Roger Federer está aí para as curvas. Há dúvidas? Ele próprio ajuda a desfazê-las. Uma semana depois de completar 34 anos, o suíço continua a subestimar firme e destemidamente o fator idade e, já preparado para defender o título em Cincinnati, nos EUA, admitiu em conferência de imprensa que nunca o seu jogo esteve tão apurado.

“Acho que sou melhor jogador agora do que quando tinha 24 anos, porque treinei durante mais 10 anos e são 10 anos de mais experiência”, afirmou. “Talvez não tenha o nível de confiança que tinha aos 24 anos, quando vencia 40 encontros consecutivos, mas sinto que estou a servir melhor, a minha esquerda é melhor, a minha direita nunca esteve tão boa, sou melhor voleador do que era no passado. Penso que tive de me adaptar a uma nova geração de jogadores novamente”, acrescentou o helvético.

O ano de 2005 viu Federer não só conquistar o primeiro de seis títulos no Western & Southern Open como assistiu à consolidação do seu domínio, ao vencer 11 torneios, dois dos quais Grand Slams (Wimbledon e o US Open). Além de Cincinnati, o atual número três mundial arrecadou mais três Masters 1000 (Indian Wells, Miami e Hamburgo) e terminou a temporada com um recorde de vitórias-derrotas de 84-4.

Estou a servir melhor, a minha esquerda é melhor, a minha direita nunca esteve tão boa, sou melhor voleador do que era no passado.

Sem nunca ter perdido uma final na prova norte-americana, o titular de 17 Grand Slams vai procurar levantar o sétimo troféu no estado de Ohio, tendo encontro marcado na segunda ronda (fica isento da ronda inaugural) com o vencedor do encontro entre Roberto Bautista-Agut e Pablo Cuevas.

“No ano passado cheguei cansado por causa dos cinco encontros consecutivos em Toronto, cheguei tarde e sem a certeza de que iria jogar. Felizmente que acabei por ganhar aqui. Agora tive mais tempo. Estou fresco e ansioso por jogar. Os treinos têm corrido bem e estou muito satisfeito com a forma como me sinto”, rematou Federer, que optou por não jogar em Montreal, na semana passada.