Para além de ter de vencer sete encontros e aguentar longas horas dentro do court, ganhar o torneio de Wimbledon acarreta muitas mais responsabilidades. Considerado por muitos como o ponto mais alto da temporada, é natural que as centenas de jogadores que passam pelo All England Club sonhem em, um dia, ter nas mãos troféu de campeão. Mas encontrar esse campeão pode não ser tão fácil assim.

Para simplificar essa tarefa, a organização do evento londrino está a realizar uma série de entrevistas de emprego. Para que emprego? Nada mais, nada menos que ser o novo campeão de Wimbledon. Para já, todos começaram mal na indumentária que levaram para a entrevista – fatos-de-treinos estão sempre, sempre fora de questão -, mas vamos deixar esse detalhe de parte e conhecer os candidatos:

Serena Williams

Para além de ser jogadora de ténis, esta candidata é também uma “dançarina profissional” e já triunfou cinco vezes em Wimbledon, o que lhe dá alguma experiência na área. Diz ser divertida, extremamente leal e também intensa, ainda que por vezes isso possa ser um defeito. É um caso a considerar.

Novak Djokovic

É um viajante de classe mundial e diz que a sua agilidade lhe permite conseguir tudo aquilo que quer, mas foi um pouco ambíguo nesse aspeto. Já foi bem-sucedido em terras de Sua Majestade em 2011 e em 2014, sendo atualmente o melhor dos melhores naquilo que faz, dado que ocupa a primeira posição do ranking. O problema? Admite que é doido.

Milos Raonic

Depois de entrevistas com antigos campeões, Milos Raonic teve de fazer muito para tentar surpreender. O canadiano admite ter um serviço potente e já venceu cinco títulos no circuito profissional, mas revela alguma falta de identidade ao não saber descrever-se em três palavras.

Maria Sharapova

Foi difícil avaliar esta candidata com base na sua entrevista. O All England Club é uma casa que já conhece bem desde os 17 anos, quando venceu o troféu. Contudo, não soube dizer o seu estilo de jogo, apesar de ser honesta e divertida. Gosta também de dar a volta a situações de stress com pensamentos positivos.

Petra Kvitova

O responsáveis pelas entrevistas chamaram também a sua atual campeã em título em muito sorridente Petra Kvitova. Jogo agressivo é com ela mas as dificuldades na movimentação podem ser um problema. Ganha pelos dois troféus no palmares e pelo facto de até gostar de lidar com o stress.

Roger Federer

Isto aqui não há cunhas para ninguém e até mesmo Roger Federer teve de ir à entrevista de emprego. Natural da Suíça, este profissional de 33 anos confessa que a idade pode ser um problema mas que a sua naturalidade a jogar sobre a relva é um motivo que importa realçar. E claro, sete títulos são uma bagagem bastante importante.

Andy Murray

Esta não é todo uma cara desconhecida da casa mas é sempre importante conhecê-lo um pouco melhor. No que toca à personalidade, Murray diz que é chato, pouco divertido e miserável, ou então tudo isto é mentira e a ironia é mesmo a sua melhor arma. Gosta de jogar ao ataque e tem uma boa ética de trabalho, algo importante para saber lidar com os colegas.

Laura Robson

É nova, logo chega com vontade de trabalhar, mas tem ainda pouca experiência. O facto de ter ficado fora de “mercado de trabalho” nos últimos meses não ajuda, mas Robson diz que é muito boa em multasking, especialmente a beber café enquanto envia mensagens – será que isto é algo bom para se dizer ao entrevistador? Bom, vale o facto de gostar de dar abraços…