Tomic pode ter Jogos Olímpicos em risco

Por razões que só o próprio Bernard Tomic saberá, o australiano decidiu oferecer a vitória no último ponto ao seu adversário, Fabio Fognini, no torneio ATP 1000 de Madrid.

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Interpelado sobre esta peculiar forma de “responder” a um serviço, Tomic conseguiu incendiar ainda mais a situação.

“Não quero saber desse matchpoint – ias querer saber se tivesses 23 anos e valesses 10 milhões de dólares?”

O grande problema é que o jovem jogador não é virgem nestas situações. Senão vejamos:

• com 21 anos, passou a ser o detentor do infame recorde da derrota mais rápida da história – apenas 28 minutos em court perante Jarkko Nieminen;
• com 20 anos, foi afastado da equipa da Taça Davis australiana por uma eliminatória na sequência das declarações de Craig Tiley (presidente da federação) que disse que “precisava de jogadores que tivessem 100% de compromisso e esforço quando competissem pelo país”;
• aos 19 foi acusado por John McEnroe de fazer tanking (perder de propósito) contra Andy Roddick, numa derrota no US Open;
• aos 14 (!) a federação australiana de ténis retirou-lhe o apoio financeiro para a sua temporada na Europa depois de ser acusado de falta de empenho numa derrota no torneio de juniores de Roland Garros;

Ainda quanto ao polémico e recente matchpoint oferecido em Madrid, a federação australiana de ténis recusou comentar a situação. A equipa de Tomic também não comentou o assunto.

Que consequências é que (mais) esta ação poderá ter na presença de Tomic nos Jogos Olímpicos deste ano? A 4 de julho o Comité Olímpico Australiano irá anunciar os seus representantes após as nomeações da federação australiana de ténis.

Tomic disse em janeiro que queria marcar presença no Rio apesar de manter algumas reservas quanto às implicações que essa participação olímpica poderia ter na sua preparação para o US Open.

A chefe da missão olímpica australiana, Kitty Chiller, disse que só vão querer tenistas que “queiram mesmo estar na equipa”.

Além disso, a federação australiana de ténis acordou com o Comité Olímpico Australiano para o corrente ciclo olímpico que “só serão nomeados atletas com boa reputação”.

E agora, Bernard Tomic?