6 histórias surreais que Wimbledon testemunhou

6 histórias surreais que Wimbledon testemunhou

Por admin - julho 3, 2016

Os anos parecem não ter passado por ele, mas o que é facto é que já lá vão mais 130 anos desde o seu nascimento e, como o mais velho de quatro “irmãos”, o Grand Slam inglês insurge-se como o que mais espantosas vivências acumula. Muitas delas inacreditáveis.

Pegando na deixa do site “We Are Tennis”, contamos-lhe algumas das mais incríveis. Se der por si a exclamar, “impossível! Não acredito” nós não levamos a mal. Se estivéssemos no seu lugar também duvidaríamos. É caso para isso:

1. Uma saia muito reveladora

1961. Patricia Stewart chegou a Wimbledon com o coração estilhaçado, depois de o seu namorado terminar consigo em véspera do Grand Slam inglês, mas recusou-se a derramar lágrimas sobre a relva do All England Club. Em vez disso, entrou em court com o seu número de telefone bordado na saia. A norte-americana casou com o jogador de críquete John Edrich pouco depois. Consequência da original (e desesperada) ideia? Queremos acreditar que sim.

2. Game, set and… Futebol

1970. Nicola Pietrangeli era esperado em Wimbledon, mas nunca chegou a aparecer. Depois de assistir in loco à incrível vitória da Itália diante da Alemanha no Mundial de Futebol, o italiano preferiu permanecer no México para assistir à final entre a sua seleção e o Brasil, desistindo do torneio londrino e esbanjando cerca de 35 mil euros (valor da primeira ronda). O All England Club não ficou contente, mas o karma fez o seu trabalho: a Itália perdeu na final.

3. “Eu sabia que tinha um jogo chato, mas…”

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1964. Ele há coisas que só vistas. Abe Segal e Clark Graebner seguiam totalmente focados na vitória no prestigiado relvado do All England Club quando a consagrada juiz de linha Dorothy Cavis-Brown decidiu roubar-lhes o protagonismo. Fazendo exatamento o quê? Nada. Ou melhor, tirando uma sesta. Segal aproximou-se da juiz de linha para “verificar se não estava morta”, depois de ver que não teve reação quando um volley foi enviado para fora. “Eu sabia que tinha um jogo chato, mas não a este ponto”, ironizou Segal, antes de ser anunciado que a juiz de linha iria ser banida da profissão.

4. A sorte como o mais duro dos adversários

1924. Conhecido pelo seu difícil temperamento, Nicolae Mishu não foi de modas quando o seu oponente, Ivie Richardson, alinhou uma série de bolas em cima da linha. “Não posso jogar com este tipo cheio de sorte”, disse irritado, abandonando o court central. O romeno redimiu-se do “teatro” enviando um maço de cigarros ao seu adversário dias depois.

5. Cara ou coroa?

1904. Já não somos do tempo em que a variante de pares era mais importante que a de singulares, mas esse época já existiu e não pode ser ignorada, ainda mais quando há histórias incríveis como a que se segue para contar. Quis o destino que Frank Riseley e Sydney Smith, parceiros de pares, se encontrassem nas meias-finais de singulares. Ora, sem quererem arriscar chegar cansados à grande final de pares no dia seguinte, onde teriam de enfrentar os temíveis irmãos Doherty, os dois companheiros optaram por deixar a vitória nas mãos de uma moeda lançada ao ar. O “cara ou coroa” colocou Riseley na final de singulares, mas a estratégia não se revelou favorável. Os dois britânicos perderem a final de pares e Riseley a de singulares. Ora bolas!

6. Um braço, duas semanas

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1947. Se adorou a história de Marcus Willis, atente na que se segue. A Segunda Guerra Mundial deixou marcas profundas no austríaco Hans Redl, mas não o suficiente para lhe tirar a vontade e a garra de chegar mais além. Mesmo sem o braço esquerdo, e precisando de deixar bater a bola duas vezes na raquete antes de servir, Redl passou três rondas e permaneceu no All England Club até à segunda semana, naquela que foi a sua primeira prestação em Wimbledon. Inspirador!