João Sousa: «Um atleta de alta competição é como um Ferrari»

A infância de João Sousa, e o seu pai, foram marcantes para o percurso tenístico do jogador português, tal como João revelou em conversa com Daniel Oliveira para a SIC, no Alta Definição.

O seu pai, Armando Sousa, é que lhe despertou o interesse pelo ténis: “Dou atenção aos pormenores, acho que é o que fazem a diferença. Como diz o meu pai, um atleta de alta competição é como um Ferrari: são os pormenores que fazem um Ferrari andar mais rápido. Com dois anos, [o meu pai] conta que me mandou uma bola de ténis e eu em vez de a agarrar como fazem normalmente as crianças, chutei-a e foi aí que ele viu que tinha uma grande coordenação motora. Aos quatro/cinco anos acompanhava-o quando ia jogar ténis e ficava uma hora à espera para poder jogar no final.”

Tal como é do conhecimento do público em geral, João Sousa também jogava futebol na infância, até o deixar de lado aos 14 anos e após praticar ténis desde os sete. Segundo o tenista minhoto, a partir daí a sua vida mudou: “Tive uma infância diferente, privei de jantares e noitadas com os amigos, não só porque não estava cá [Guimarães] mas porque tinha responsabilidades”.

Mas nem tudo pode sempre correr bem. E quando perde um encontro? João conta que demora cerca de dia e meio a recuperar e que quando perdeu para Rui Machado na primeira ronda da edição passada do Millennium Estoril Open que “Voltei ao campo no final para poder sair bem de lá”. Acerca do torneio, o nº1 luso diz que é um prazer jogar pelo e no seu país: “Representar Portugal é um orgulho, talvez por agora estar lá fora. Jogar em Portugal é algo que gosto pois posso receber carinho do público, usufruir do meu país.”

Devido ao estatuto de quarto cabeça-de-série, João Sousa estará isento na ronda inaugural no Estoril durante a próxima semana. Porém, não deixe de o ver – e a todo o torneio – no Clube de Ténis do Estoril a partir do dia 23 de abril!