Zverev: "É muito difícil ser número 1 sem ganhar um Grand Slam"

Zverev: “É muito difícil ser número 1 sem ganhar um Grand Slam”

Por Pedro Gonçalo Pinto - novembro 3, 2024

Alexander Zverev viveu uma grande semana em Paris e conquistou seu sétimo título de Masters 1000 na carreira. O alemão dominou Ugo Humbert na final e, com isso, subirá ao segundo lugar do ranking mundial. No entanto, considera que ainda falta um passo importante para poder lutar pela posição de número 1.

TÍTULO EM PARIS

Ganhei um Masters 1000, claro que estou contente. Sobretudo, acho que, na final, joguei uma partida bastante sólida do início ao fim. Estou ansioso por Turim e espero terminar a temporada com força. Não esperava que fosse 6-2 e 6-2. Desde o começo, até quando perdi algumas trocas de bola, senti que a bola estava saindo muito bem da minha raquete. Quando tenho essa sensação, sinto-me bem na quadra, confiante, talvez um pouco mais agressivo, atacando mais.

Leia também:

– Zverev ultrapassa Sinner e se torna o jogador com mais vitórias em 2024
– João Fonseca estreia contra ex-top 15 em Helsinque
– [VÍDEO] Neymar participa do coin toss em jogo do WTA Finals

PRONTO PARA TURIM

Todos chegam motivados a Turim; é um torneio muito especial. Há uma sensação única quando você está ali e só há oito jogadores. Você se sente especial jogando lá, então todos estão motivados e querem ganhar o título. Nos últimos torneios do ano, é normal estar mais cansado, mas, em Turim, assim que você chega, dá o seu melhor, e todos os outros também. Não há partidas fáceis; é preciso jogar o melhor tênis desde o primeiro momento.

SER NÚMERO 1 OU VENCER UM GRAND SLAM?

Hoje em dia, uma coisa está ligada à outra. É muito difícil ser número um do mundo sem ganhar um Grand Slam. Tive essa oportunidade em 2022, se não tivesse me lesionado. Novak não jogou muitos torneios porque não estava vacinado, Rafa começou o ano forte e também se lesionou, e Medvedev sofreu com lesões. Foi um ano estranho, nem todos jogaram todos os torneios. Agora, com todos jogando e menos lesões, é preciso ganhar Grand Slams para ser número um do mundo. Vou ser o número dois, mas estou a 3 mil pontos do Jannik.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt