Verdasco volta a arrasar torneio de Madrid: «Isto em França nunca aconteceria»

Verdasco volta a arrasar torneio de Madrid: «Isto em França nunca aconteceria»

Por José Morgado - abril 27, 2022

Fernando Verdasco, de 38 anos, qualificou-se esta quarta-feira para os quartos-de-final do Millennium Estoril Open e no final do encontro mostrou-se muito contente pelo facto de aproveitar esta oportunidade. O madrileno viu-lhe negado um wild card para o ATP Masters 1000 de Madrid, o seu torneio, no qual competiu nos últimos 17 anos.

FELIZ COM PASSAGEM AOS ‘QUARTOS’

“Depois de ter perdido não sabia se o Diego ia desistir ou não. Sabia que havia hipóteses mas ele garantiu-me que ia decidir na terça-feira e quando o vi aqui confirmou-me. Agradeci-lhe porque para mim foi uma nova oportunidade e que felizmente consegui aproveitar e ganhar pontos importantes que me aproximam do objetivo do top 100.”

O PROCESSO DE REGRESSO AO TOP 100

“O ano de 2020 foi um pesadelo, não jogámos por causa da covid-19. Depois falhei o US Open 2020 e Roland Garros 2020 por causa de covid ou de contactos próximos. Fiquei muito irritado. Depois lesionei-me no joelho, seguidamente no cotovelo. Por isso desci no ranking não por não ganhar, mas simplesmente por não conseguir jogar. Foram dois anos horríveis. Caí para 200 do Mundo mas senti que devia dar-me uma chance de competir saudável e tentar voltar a subir. Essa foi a grande motivação.”

CRÍTICAS A MADRID

“Ultimamente peço wild cards para todos os torneios e nenhum me dá. Nem em Madrid, a minha cidade, o meu torneio. Joguei o torneio 17 anos seguidos e não tenho convite. Deram a todos os da IMG que estão a 500 do Mundo. Deram ao Pouille, que é um amigo meu, mas é a mesma coisa que darem um wild card a mim em Bercy em vez de a um francês. Isso em França não acontecia. Sei que o Feliciano tentou de tudo pelo meu wild card e disse-lhe sempre que publicamente ia defender a posição dele, mas não posso deixar de estar zangado com o torneio. É muito triste que o número um de Madrid não tenha um wild card no torneio quando mais precisa dele. Claro que seria bonito ir longe aqui porque todos os pontos nesta altura são muito importantes.”

 

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com