US Open tem plano para 2020: porta fechada, voos charter, alojamento centralizado e muitos testes

US Open tem plano para 2020: porta fechada, voos charter, alojamento centralizado e muitos testes

Por José Morgado - maio 31, 2020
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O ténis está parado desde meados de março por causa do coronavírus e é cada vez mais improvável que recomece antes do US Open, com início do qualifying agendado para o dia 24 de agosto, ou seja, dentro de menos de três meses. Com a situação em Nova Iorque ainda longe de estar controlada, colocam-se muitas dúvidas quanto à possibilidade de o evento se realizar, mas a Federação norte-americana (USTA) não está disposta a desistir e tem uma série de medidas para fazer a prova acontecer.

“Ainda não tomámos qualquer decisões, mas temos uma série de ideias que serão amadurecidas nos próximos dias”, revelou Stacey Allaster, antiga presidente do WTA e atual diretora executiva da USTA, entrevista à AP. “Continuamos com a missão e o foco de realizar o torneio na data e local habitual. Há a hipótese de outra data e/ou local, mas essa não é a nossa prioridade. A decisão será tomada entre meados e finais de junho”.

Allaster está confiante de que todos chegarão a um acordo. “Todos estaremos de acordo em três princípios fundamentais: defender a segurança dos atletas, evitar a propagação e seguir as leis e recomendações locais.  O objetivo principal das medidas que vamos tomar é de reduzir os riscos”.

QUE MEDIDAS SÃO ESSAS?

— Formato competitivo. “Ainda não foi discutida a possibilidade de reduzir os encontros masculinos para à melhor de três sets. Se os jogadores disserem que é algo que faz sentido numa altura destas, consideraremos. Nada será decidido de forma unilateral”.

— Testes à covid-19. “Antes de viajarem para Nova Iorque, os jogadores terão de apresentar a prova de um teste negativo. Assim que entrarem no nosso Mundo, farão verificações diárias de temperatura e outros testes adicionais”.

— Charters. “Paris, Viena, Frankfurt, Buenos Aires e Dubai são as cidades das quais os jogadores poderão apanhar voos diretos para o aeroporto JF Kennedy, sendo depois transportados para os hotéis do torneio (serão menos e mais centralizados). Os voos charter aplicam-se também no regresso à Europa para os torneios seguintes (Roma, Madrid ou Paris).”

— Equipas mais pequenas. “Trazer seis, sete ou oito acompanhantes é algo que não deve fazer parte dos planos dos jogadores. O torneio oferece fisioterapeuta aos jogadores para que não tenham de viajar com um”.

— Árbitros. “Os encontros poderão ter menos juízes de linha do que é habitual, confiando mais na tecnologia para situações de dúvida”.

— Apanha-bolas. “A ideia é que possamos tê-los na mesma, mas apenas adultos. Não prevemos ter qualquer criança”.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com