Tsitsipas explica corte com o pai: "Vi o seu sofrimento"

Tsitsipas explica corte com o pai: “Vi o seu sofrimento”

Por Pedro Gonçalo Pinto - janeiro 28, 2025
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Stefanos Tsitsipas vive uma fase mais incerta da carreira, agora sem ter o pai como treinador. Pois bem, o número 13 do ranking da ATP abriu o coração sobre o que o levou a tomar essa decisão, deixando tudo explicado de forma muito clara.

“Este ano escolhi deixar de colaborar com o meu pai porque vi muitas coisas que o cansavam. Já não tinha os mesmos níveis de energia que antes. Talvez cometesse erros com mais frequência do que o normal. Há anos que eu queria seguir o meu caminho, mas era difícil desligar e deixar o meu pai ir, que tanto fez por mim. No final das contas, penso em tudo de bom que trouxe à minha vida. E deixá-lo de repente é algo que faria muito dano. É difícil cortar essa relação que tivemos de repente e ir por caminhos separados. Tem que ser suave e pouco a pouco. E com o meu pai, quando paramos em setembro, na realidade esse foi o momento em que decidi mesmo deixá-lo sair”, confessou o grego.

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Mas Tsitsipas aprofundou mais a sua decisão em relação a Apostolos. “Estou em contato com ele, falamos e quero mesmo que seja o meu pai porque sinto que através da nossa relação no tênis, as coisas ficaram misturadas. E perdi isso. Perdi o valor do pai que quero para a minha vida diária pessoal. Tornou-se um sentimento de negócio. Sinto que está mais integrado no meu tênis do que é um pai para mim. E isso é algo que me afetou nos últimos anos porque sempre quis ter um pai ao meu lado. O pai que lembro quando tinha 10 ou 12 anos. Vê-lo estressado, sofrendo tanto, tanto me dói. Essa é uma das razões para tê-lo deixado ir, vi o sofrimento em que ele estava. Ele nunca ia admitir que estava sofrendo ou numa situação ruim. E se ele não o faz, eu que tenho que fazer. É pelo bem dele e pela sua proteção. Nem sempre é sobre mim”, confidenciou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt