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Suécia-Portugal, dia 1: À procura de um sonho chamado Grupo Mundial
SUÉCIA. ESTOCOLMO. Sexta-feira. O dia em que começou toda a ação para Portugal na Taça Davis e um sonho chamado Grupo Mundial. A jornada começou bem cedo para nós. Eram 8h30 (hora sueca) e o despertador já tocava. Teve que ser assim, até porque o pequeno-almoço do hotel estava em funcionamento até às 10 horas da manhã. A ansiedade era muita e o desejo em partir para a aventura ainda maior. E se é para partir para a luta… que seja a sério (nem o gelo que existia nos intimidava).
Do hotel ao Royal Tennis Hall são aproximadamente quatro quilómetros, no entanto, para conhecer algo da cidade (primeira vez que estamos em Estocolmo) decidimos ir a pé. O frio fazia-se sentir (e de que maneira). Dois graus, por volta das 10h30 e com uma chuva miudinha que não molha mas que chateia. Ainda assim, se formos ver a humidade que estava presente, esta temperatura parecia bem mais baixa. A caminhada para o pavilhão correu na perfeição, mas claro que se não fosse o tão importante Google Maps, teria sido tudo bem mais complicado.
Depois de uma hora de passeio, deu-se a chegada ao pavilhão. Tem excelentes condições. Um estilo antigo mas bem remodelado e conservado. Conseguida a credencial foi tempo de começar a pôr as mãos ao trabalho. Os jornalistas suecos acolheram-nos com muito carinho. Muito simpáticos e sempre prestáveis a ajudar no que fosse preciso, pois afinal de contas, o Bola Amarela é o único meio de comunicação português presente na eliminatória. E se esperávamos uma sala de imprensa com espaço… eis que nos enganámos. Bem pequenina (mas muito acolhedora) e com vista para o court principal.
Conhecida a “casa” nada como ver os nossos campeões a treinar. Pedro Sousa e Gastão Elias foram os primeiros das hostes nacionais a pisar o campo. Tudo isto por volta das 11h15. Boa disposição e um treino intenso, para deixar tudo preparado para o grande embate, na parte da tarde. João Sousa e João Domingues treinaram mais tarde, por volta das 15h30 (hora local) já bem perto da hora do primeiro encontro do dia. Mas antes disso, às 15 horas, deu-se um momento de se assinalar: a chegada dos Ultra Davis. A claque da seleção nacional e que tem sido impressionante e tão importante nos últimos tempos.
Já com as gargantas bem afinadas lá seguiram, pouco depois, para os seus lugares, logo atrás do banco da comitiva portuguesa. O tempo foi passando e o público da casa começou a chegar, por volta das 16 horas locais. Serenos e com expectativa para os embates. Contudo, a confiança não era muita. Aliás, os próprios jornalistas suecos, quando falavam connosco, diziam que o mais certo era Portugal triunfar com um 5-0 ou 4-1, o que revela bem o estado de espírito. Longe são os tempos em que eram uma potência do ténis mundial, com tenistas como Bjorn Borg, Mats Wilander ou Stefen Edberg.
Depois de muita espera chegou a hora da magia. João Sousa vs Mikael Ymer. Era impossível os jogadores sentirem-se mais em casa. Os Ultras “abafavam” os espetadores suecos e como foi bom ver alguns dos familiares dos jogadores bem ali de perto a dar apoio. As condições eram perfeitas e confirmou-se durante os dois sets. O número um nacional mostrou-se em grande forma e deu o primeiro ponto para Portugal. Que festa que se fez sentir. Um ambiente arrepiante e que parecia estarmos a jogar (literalmente) em casa.
Seguiu-se o segundo confronto da jornada entre Gastão Elias e Elias Ymer. Muito equilibrado, como se esperava. Mas mais uma vez verificou-se uma tendência: o apoio do público português. Ainda assim notou-se uma maior animação dos espetadores da casa, que se sentiam contagiados pela boa exibição de Ymer. O tie-break, na primeira partida, foi de cortar a respiração. Pontos brutais e um ambiente incrível de todas as partes. Infelizmente, a vitória acabou por sorrir para os homens da casa, mas há uma certeza: Portugal tem todas as condições para carimbar este sábado a qualificação para o play-off de acesso ao Grupo Mundial.
Numa altura em que já nos encontramos no hotel, depois de um longo dia é tempo de recuperar para este sábado. Os encontros começam às 12 horas, de Portugal Continental e a esperança é de que a eliminatória caia para o nosso lado. Cá estaremos para trazer tudo até si.
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