Sinner sobre a lesão: "Pensávamos que não era grave"

Sinner sobre a lesão: “Pensávamos que não era grave”

Por Pedro Gonçalo Pinto - maio 5, 2024

Jannik Sinner vive momentos de dúvida depois de um início incrível de temporada. O número 2 do ranking mundial desistiu nas quartas de final do Masters 1000 de Madrid e também não irá sequer a Roma, tudo isso devido a uma lesão na anca direita. E resta saber quando realmente irá voltar, já que o próprio não deu garantias.

DESISTÊNCIA DE ROMA

Antes do torneio, estava melhor, mas depois em Madrid houve dias em que o senti pior e outros em que estava melhor. Com Kotov, senti bastante dor, com Karen parecia um pouco melhor. Sabia que algo estava errado e no dia seguinte ao jogo com o Karen fiz uma ressonância magnética que mostrou que algo não estava a 100%. Tomamos a decisão de desistir de Madrid e fomos a Munique fazer mais exames. Foi uma decisão difícil, porque Roma é o torneio mais especial para mim. Temos que aceitar. Sinto muito pelos adeptos. Tenho 23 anos, acho que vou jogar pelo menos mais dez.

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COMPETIR A MAIS?

Não sei se cometi algum erro. Sei que o descanso é muito importante, mas é algo que faço desde o ano passado. Fiz depois de Monte Carlo e antes de Madrid, estava bem, mas piorou. Haverá um período sem jogar, mas ainda temos de decidir. A preparação para Paris não será ótima porque estamos muito apertados. Ainda assim, vamos dar o melhor para chegar com as maiores chances de competir. Chegar a Paris sem jogos em Roma será difícil.

O QUE SEGUE

É difícil saber como me sinto porque não faço os movimentos que normalmente faço, sou muito cuidadoso. Estamos trabalhando, mas com intensidade muito baixa. Terei mais respostas em uma semana. Obviamente, em Paris vou jogar a 100%, se tiver alguma dúvida, logo veremos, também porque é à melhor de cinco sets. Não quero entrar em detalhes do problema, mas pensávamos que não era grave. Há algo que não está a cem por cento, se não se curar totalmente, vamos ver se tenho de parar mais tempo. Não tenho pressa, cuidar do corpo é muito mais importante do que o resto.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt