Sinner é um perfecionista: «Nunca consigo dormir depois de cada derrota»

Sinner é um perfecionista: «Nunca consigo dormir depois de cada derrota»

Por Pedro Gonçalo Pinto - julho 25, 2022
epa10050317 Jannik Sinner of Italy celebrates winning against Carlos Alcaraz of Spain during their Men’s fourth round match at the Wimbledon Championships, in Wimbledon, Britain, 03 July 2022. EPA/ANDY RAIN EDITORIAL USE ONLY

Jannik Sinner não esteve longe de derrubar Novak Djokovic nos quartos-de-final de Wimbledon, ao deixar escapar uma vantagem de dois sets a zero. No entanto, o número dez do Mundo não esconde que essa caminhada no All England Club foi importante, revelando ainda como lida com as desilusões.

O QUE SENTIU APÓS PERDER COM DJOKOVIC EM WIMBLEDON

Nunca consigo dormir depois de cada derrota. Depois do encontro com Djokovic fui logo ver os highlights, quero aprender de imediato. De Wimbledon levo muitas coisas positivas. Ganhei experiência em relva e joguei contra Novak Djokovic no Court Central. Fiz um bom encontro. Fico com a espinha de não ter pressionado mais no terceiro e quarto sets. No quinto não pude fazer nada. Estava um monstro no outro lado do court. Mereceu ganhar.

SER NÚMERO UM ITALIANO

Ser o número um italiano no ranking não significa absolutamente nada. É só um dado. Berrettini não teve sorte este ano e Musetti está em boa forma, vem de ganhar Hamburgo. Itália tem muitos jogadores diferentes, mas são todos excelentes. Podemos dizer que somos uma potência. Não acho que eu e Berrettini tenhamos uma rivalidade. Nem sequer nos defrontámos. Somos dois rapazes tranquilos que dão tudo em court.

PODIA GANHAR WIMBLEDON SE ULTRAPASSASSE DJOKOVIC?

É complicado dizer isso. Teria tido as minhas hipóteses, estava a jogar bem. Teria tido alguma oportunidade mas, de qualquer forma, tenho de dizer que em cada torneio vou para ganhar. Claro que o que fiz em Wimbledon me dá muita confiança depois das lesões e dos azares que tive esta temporada.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt