Shelton quer acabar a licenciatura em Finanças: "Já comecei as aulas!"

Shelton quer acabar a licenciatura em Finanças: «As aulas online já começaram!»

Por José Morgado - janeiro 24, 2023
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Um dos grandes destaques do Australian Open 2023, Ben Shelton, de 20 anos, deixou a University of Florida em 2022 para seguir o sonho de ser tenista profissional, mas nem por isso deixou de estudar. O norte-americano revelou em coletiva de imprensa nesta última segunda (24) que um dos acontecimentos mais emocionantes da sua semana – a mesma em que ele chegou pela primeira vez às quartas de final de um Grand Slam e ao top 50 da ATP – foi começar as aulas do terceiro ano de faculdade.

SEMANA ESPECIAL

“Tem sido uma semana especial, muita coisa nova acontecendo: o meu primeiro Grand Slam fora dos Estados Unidos, comecei as aulas. Ainda não tive provas, mas vai ser interessante quando algumas das minhas provas coincidirem com os meus jogos”

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“Não há nada que me faça mudar de ideia quanto à minha licenciatura. Quero acabá-la e isso é muito importante para mim. Estou fazendo as aulas de forma diferente, mais devagar, e não tem sido difícil conciliar as duas coisas. Veremos como tudo corre quando começarem as provas”

SURPREENDIDO COM O SEU TORNEIO?

“É claro que estou surpreendido. Entrei no avião sem qualquer expectativas. É difícil fazer a adaptação dos Estados Unidos para a Austrália, nunca tendo estado fora do meu país. Isso me ajudou não ter essas expectativas e foi uma grande contribuição para o meu sucesso, sinceramente. Tem sido um misto de felicidade, empolgação e surpresa. Ganhar quatro jogos, neste palco e fazer isso dessa forma tem sido muito satisfatório.”

MELHOROU FISICAMENTE APÓS O US OPEN

“Me sinto bem fisicamente. Desde o US Open, em que sofri bastante durante cinco sets no calor [contra Nuno Borges] senti que o meu físico não estava onde queria e agora estou bem melhor. Trabalhei muito, ainda não está como quero porque sou muito jovem, mas estou a caminho de onde quero estar. Acredito que em breve conseguirei jogar cinco sets contra qualquer jogador.”

IMPORTÂNCIA DO PAI, BRYAN SHELTON

“O meu pai é a maior influência do meu tênis. Foi profissional, passou por tudo isso de forma semelhante. Nunca teve as oportunidades que eu tenho, teve muito mais dificuldades. Também estudou na Universidade e depois foi profissional e isso ajudou bastante o meu crescimento. Não tem preço todo o conhecimento que ele me passa também taticamente.”

Ben Shelton, inclusive, já até superou números do pai. Confira mais aqui.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt