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Shapovalov: «Não fiquei triste por não me darem wild card. Há muitos americanos a quem dar»
Momentos após a derrota frente a Pablo Carreño Busta e consequente eliminação nos oitavos-de-final do US Open, Denis Shapovalov surgiu descontraído na conferência de imprensa. Sinal de que os seis encontros conquistados em Flushing Meadows na sua primeira grande experiência num Grand Slam já significam muito para o jovem canadiano.
“Foi tão divertido viver esta atmosfera durante duas semanas, mais um torneio que vai mudar a minha vida. A maior lição que retiro daqui é a de que já sou capaz de me bater com os melhores. Agora é continuar a trabalhar para segurar o meu lugar no ranking e competir com estes rapazes”, referiu Shapovalov que não nega a influência dos seus bons resultados no ténis canadiano.
“É algo que me deixa orgulhoso. Para mim, como disse, o meu objetivo é elevar o nível do ténis canadiano e, no futuro, ver mais crianças a pegarem numa raquete de ténis em vez dos sticks de hóquei”, salienta, vincando o seu desejo. “Penso que tenho ajudado nisso e espero continuar a fazê-lo. Sei que muita gente ‘tweeta’ sobre mim e nem sequer segue o ténis, mas estão a entrar neste desporto e isso deve-se ao facto de eu ter estado a fazer as coisas bem”.
O canadiano conta até um episódio curioso nesse sentido. “Há uns dias atrás estava a caminhar pelo Central Park com a minha equipa e vi um rapaz muito agitado ao olhar para mim. Eu só pensava ‘meu deus, o que é isto?’. Eu apenas estava a caminhar e o rapaz estava a tentar abordar-me, mas simplesmente não conseguia de tão ansioso que estava”.
Por fim, Shapovalov fala do facto de o US Open não lhe ter oferecido um wild card, isto apesar das boas exibições que o jovem vem rubricando nas últimas semanas. “Seria fantástico ter recebido um, mas eles não me devem nenhum wild card. Obviamente dão prioridade aos seus atletas. É um torneio nos Estados Unidos. Primeiro que tudo olham pelos norte-americanos, como no Canadá olham pelos canadianos”, refere, admitindo até que passar pelo qualifying representou um grande desafio para ele. “Sabia que tinha de me qualificar, não esperava um wild card. Até estava muito motivado por jogar a fase de qualificação”.
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