O inspirador miúdo que aceitou que o cancro lhe tirasse a perna mas jamais o ténis

O inspirador miúdo que aceitou que o cancro lhe tirasse a perna mas jamais o ténis

Por admin - setembro 4, 2017

Marc Krajekian tem 10 anos e uma perna amputada porque, curiosamente, recusou que a vida lhe fugisse. “Cheio de vida”, como afirma o seu pai, o miúdo de Charleston foi encontrar  coragem no ténis e inspiração no ídolo Roger Federer para desencantar um final feliz para a sua malfadada história.

Tinha oito anos quando uma dor no tornozelo direito, que começou por ser encarado como uma lesão comum para alguém que fazia do court o seu campo de diversões, revelou esconder, afinal, o mais duro e inconveniente dos adversários. “Sarcoma é um cancro raro em pessoas da sua idade, a probabilidade é de um num milhão”, conta o seu pai, Jack Krajekian, ao Tennis Express.

“Os meus pais ficaram muito preocupados comigo, porque só tinha oito anos, e nunca tinha tido nenhum problema antes”, revela Marc, que, quando a grande decisão chegou, optou por desafiar valentemente o perigoso oponente. “Se colocássemos as emoções de lado e decidíssemos amputar a perna, a probabilidade de ele sobreviver e vencer o cancro era elevada. Na verdade, foi ele quem tomou a decisão”, contou a mãe, Marie-Jo Krajekian.

“Eu disse: ‘vão em frente, porque se não me amputarem a perna, o cancro não desaparece e eu não sobrevivo'”, relembra Marc. A recompensa da dura e ousada decisão chegou após a cirurgia de amputação. Enquanto o cancro saía pela porta, uma mensagem especial chegava pelo correio.


Tinha tido uma das piores sessões de quimioterapia quando recebi a mensagem do Federer


“O Roger Federer enviou-me um bilhete que dizia, ‘recupera rápido, Marc. E diz-me quando ficares bom, para jogar ténis contigo’. Eu gritei e corri pela casa toda, fiquei muito feliz. Tinha tido uma das piores sessões de quimioterapia quando recebi a mensagem dele. Ganhei logo o dia”, revelou o fã do campeão de 19 títulos do Grand Slam ao Tennis Channel

A promessa feita por Federer, essa, Marc pretende cobrar dentro em breve, até porque já só pensa em melhorar a sua movimentação em court “para conseguir chegar às bolas mais rápido do que antes. Quando estava no hospital só pensava em recuperar depressa, para me juntar aos meus amigos no ténis, vencer encontros e mostrar às pessoas que nunca desisti”.

“Não sinto que tenho uma incapacidade, sinto que sou capaz. Se tiverem problemas, afastem-nos daquilo que amam”, sublinhou o inspirador e determinado jovem com mais conhecimento de causa do que seria de desejar.

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