Serena e Sharapova comandam elenco que ficou sem Wozniacki
Serena Williams ultrapassou esta segunda-feira aquela que ela considera ser a sua maior rival: a irmã Venus. O 26.º capítulo da rivalidade familiar – sexto na relva de Wimbledon – não teve grande história, com a mais nova das irmãs a impôr-se por concludentes 6-4 e 6-3, num encontro em que, como era de prever, fez a melhor exibição do torneio até ao momento.
“É uma sensação incrível porque não sei se alguma vez voltaremos a jogar neste court. Eu vou fazer 34 anos, a minha irmã 35. É fantástico. Penso que fiz um grande encontro, tentei manter-me ativa e servi bastante melhor do que nos meus outros encontros”, confessou Serena Williams, que está agora a três vitórias de um segundo “Serena Slam” (ganhar todos os Grand Slams seguidos) e a 10 de um Grand Slam de calendário (ganhar todos os Grand Slams da época), algo que nunca fez.
Nos quartos-de-final, agendados para esta terça-feira em Wimbledon, a norte-americana vai defrontar outra das suas maiores rivais dos últimos anos: Victoria Azarenka, cada vez mais perto da forma que fez dela campeã de dois torneios do Grand Slam. Esta segunda-feira, a “Manic Monday” foi pouco louca para a bielorrussa, que atropelou a jovem suíça Belinda Bencic, campeã júnior de 2013, por 6-2 e 6-3.
Azarenka perdeu os dois encontros que jogou frente a Serena Williams esta temporada, mas esteve em boa condição para vencer ambos. Em Madrid, nos oitavos-de-final, dispôs de três match points, ao passo que em Roland Garros, na terceira ronda, comandou com um set e um break de desvantagem antes de ver a americana recuperar.
Na parte superior do quadro, Maria Sharapova continua a fazer um percurso tranquilo rumo às rondas finais. A campeã de 2004 (sim, há 11 anos) bateu nos oitavos-de-final a cazaque Zarina Diyas por 6-4 e 6-4 e está pela primeira vez no top-8 da prova desde 2011, ano em que só foi travada na final pela checa Petra Kvitova.
A próxima adversária de Sharapova é a jovem norte-americana CoCo Vandeweghe, que alcançou uma das melhores vitórias da carreira e eliminou a checa Lucie Safarova, finalista de Roland Garros e número seis WTA, por 7-6(1) e 7-6(4). São os primeiros quartos-de-final em Grand Slam da carreira para a nova-iorquina.
Na parte inferior do quadro não sobra qualquer tenista do top-10! Caroline Wozniacki, a última resistente, voltou a não estar à altura do acontecimento num torneio do Grand Slam e perdeu pela quinta vez em cinco tentativas nos oitavos-de-final de Wimbledon. Desta feita, a carrasca com a espanhola Garbine Muguruza, que se impôs por 6-4 e 6-4 e vai tentar agora fazer melhor do que em Roland Garros, onde foi eliminada nas meias-finais.
Muguruza defronta outra jogadora que também fez um excelente Roland Garros: Timea Bacsinszky, semifinalista em Paris. A suíça esteve a poucos pontos da eliminação, mas resistiu à romena Monica Niculescu, com os complicados parciais de 1-6, 7-5 e 6-2.
O último encontro dos quartos-de-final será uma luta de gerações e de estilos entre a poderosa jovem americana Madison Keys e a experiente e ardilosa polaca Agnieszka Radwanska. Nos oitavos-de-final, Keys superou Olga Govortsova por 3-6, 6-4 e 6-1, ao passo que Radwanska levou a melhor sobre Jelena Jankovic, num dos encontros do dia, por 7-5 e 6-4.
Os quartos-de-final femininos disputam-se todos na jornada de terça-feira, divididos entre o Centre Court e o Court n.º1 do All England Law Tennis & Croquet Club.