Schiavone: «O ténis feminino é muito mais interessante do que o masculino»

Schiavone: «O ténis feminino é muito mais interessante do que o masculino»

Por José Morgado - novembro 10, 2020
Schiavone
Imagem WTA

Francesca Schiavone, campeã de Roland Garros em 2010 e antiga top 5 mundial, sobreviveu no último ano a um cancro e continua a querer manter-se ligada à modalidade. À margem disso, quer escrever um livro para contar a sua história, desde os sucessos e amarguras dentro do court, à grande vitória recente fora dele.

Em entrevista ao ‘Ubitennis’, Schiavone falou sobre alguns dos temas quentes do momento, como a (des)igualdade de pagamento entre homens e mulheres.Hoje em dia, a diferença em termos de remuneração entre homens e mulheres é enorme. Quanto mais força houver, mais dinheiro encontraremos e, portanto, mais possibilidades os jogadores vão ter para crescer e poder investir o seu dinheiro em numa equipa de trabalho, um técnico ou fisioterapeuta. Temos de estar unidos.”

Schiavone lembra que o ténis feminino tem caraterísticas diferentes do masculino, mas acredita que vive um momento muito interessante. “É claro que não se pode pedir a uma mulher que sirva a 220km/h como um homem. Mas podemos combinar o melhor de ambos os circuitos: as mulheres têm grande capacidade de gerar atenção mediática, na televisão, na internet e os homens têm outras capacidades. O ténis feminino é mais interessante de assistir. As mulheres usam todos os ângulos do court porque precisam de encontrar uma solução inteligente e harmoniosa para ganhar pontos. Além disso, os patrocinadores são atraídos para o Mundo das mulheres pelo seu caráter e mentalidade. As mulheres são muito mais fortes e melhores a nível comunicativo do que os homens.”

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com