Ruud na terceira final de um Slam: “Vamos ver se aprendi alguma coisa com as outras duas”

Ruud na terceira final de um Slam: “Vamos ver se aprendi alguma coisa com as outras duas”

Por Pedro Gonçalo Pinto - junho 9, 2023

Pela terceira vez nos últimos cinco torneios do Grand Slam, Casper Ruud está na final. Depois de se consagrar vice-campeão em Roland Garros e no US Open do ano passado, o norueguês está de volta ao duelo decisivo em Paris, agora com Novak Djokovic pela frente.

À ESPERA DE UM GRANDE DESAFIO NA FINAL

Vai ser duro, claro. Ele vai jogar pelo seu 23º título. Eu pelo meu primeiro. Vou tentar jogar sem pressão e desfrutar do momento. Essa foi a minha mentalidade no ano passado e não ocorreu bem, por isso claro que quero fazer melhor. Vamos ver se aprendei alguma coisa com as outras duas finais que joguei no ano passado. Sabe muito bem estar de volta. Não pensei ou acreditei claramente no início do torneio que iria estar de volta à final. Dei o meu melhor e fui um jogo de cada vez. 

COMO TENTA TIRAR A PRESSÃO

É uma questão de não pensar que preciso ganhar o jogo. ‘Precisar’ é uma palavra que tento evitar. No início do torneio você sente isso porque é preciso ganhar para começar. Mas agora estou na final. Foram duas grandes semanas, aconteça o que acontecer no domingo e vou dar tudo, mas às vezes você joga o teu melhor tênis quando não pensa demais. Vai no modo automático. Se você estiver sempre pensando que está perto de ganhar, pode ficar tenso ou nervoso. Talvez tenha sido isso que aconteceu com Carlos, não sei. Mas quando pensa demais, talvez não seja capaz de respirar da maneira ideal e acalmar o teu corpo.

NA MELHOR FORMA DA TEMPORADA

Este jogo e o das quartas de final foram os melhores que já joguei este ano, então é um bom boost de confiança para a final. Sei que vou ter que jogar parecido ou ainda melhor se quero ter alguma hipótese. Sim, estou jogando o melhor tênis do ano até agora. Tem sido uma temporada difícil, mas isto muda tudo um pouco. Vamos ver se consigo a derrota na final do ano passado como motivação extra para tentar jogar bem no domingo.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt