Grito de alívio: Rublev arranca virada e sobrevive no US Open

Grito de alívio: Rublev arranca virada e sobrevive no US Open

Por Pedro Gonçalo Pinto - agosto 28, 2024
rublev us open
Simon Bruty/USTA

Vivendo uma estranha temporada, recheada de altos e baixos, Andrey Rublev parecia estar caindo sem corda de salvamento para mais um buraco fundo no US Open. O número 6 do ranking da ATP esteve perdendo por 2 sets a 0 diante de Arthur Rinderknech (56º), mas deu um autêntico grito de revolta e sobreviveu pelo menos mais uma rodada em Flushing Meadows, avançando para a terceira fase.

Rublev virou uma desvantagem de 0-2 em sets apenas pela segunda vez na carreira, fechando com parciais de 4-6, 5-7, 6-1, 6-2 e 6-2, após pouco mais de quatro horas. O ponto de virada surgiu exatamente no arranque da terceira parcial, quando o francês teve três break points que poderiam ser o golpe final no russo. Mas Rublev aguentou e reinventou-se daí para a frente.

Com uma atitude positiva e um tênis agressivo, Rublev acabou com 62 winners e 34 erros não forçados e não foi mais quebrado no resto do confronto, isto depois de acumular 19 (!) break points enfrentados nas duas primeiras parciais, antes de se limitar a cinco até o final. Agora, ele tem duelo marcado com Jiri Lehecka (38º), curiosamente alguém que também virou de 0-2 em sets, mas contra Mitchell Krueger, na segunda rodada.

Quem continua causando sensação em Grand Slams esta temporada é Francisco Comesana, que derrotou justamente Rublev em Wimbledon. O argentino, número 108 do ranking da ATP, tinha um único jogo em piso rápido desde a Austrália até o US Open, mas deu sequência ao triunfo sobre Dominic Stricker com uma grande surpresa, ao superar Ugo Humbert (17º), por 5-7, 6-4, 6-4 e 6-4. O sul-americano agora espera por Matteo Berrettini ou Taylor Fritz.

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O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt