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Roland Garros. As previsões da equipa Bola Amarela
Os dados estão lançados e está tudo a postos para o arranque de mais uma edição de Roland Garros. Numa altura em que toda a gente tem palpites e opiniões a dar, nós juntamo-nos a esse lote de pessoas e damos também as nossas sobre aquilo que se poderá passar nas próximas duas semanas, nos courts de terra batida de Paris.
Campeão Masculino
José Morgado: Rafael Nadal – Completamente impossível (para mim) apostar contra alguém que ganhou 10 títulos nos últimos 13 anos em Roland Garros, só perdeu dois encontros, em 2017 não cedeu qualquer set e este tem dominado — outra vez — a terra batida. Como se tudo isso não bastasse, o quadro foi muito simpático com ele. O homem a bater.
Nuno Chaves: Rafa Nadal – É certo que é a opção mais fácil, no entanto, a superioridade e a confiança que o espanhol tem demonstrado em terra batida tornam-no no principal candidato à vitória. Jogar em Roland Garros, em condições que se adaptam na perfeição às suas características e à melhor de 5 sets, só num dia em que Nadal esteja muito mau é que poderá sair derrotado de Paris. Ainda para mais, fugiu a praticamente todos os tubarões.
Zézé Morais: Rafael Nadal – Os argumentos para esta escolha são tantos que poderia fazer uma tese. Rafael Nadal até pode não chegar ao título mas, nesta fase, é muito difícil achar o contrário.
Susana Costa: Rafael Nadal – Poupemos no latim. Se há alguma certeza que podemos ter no ténis, é esta: Nadal campeão em Roland Garros.
Campeã Feminina
José Morgado: Maria Sharapova – O regresso de Thomas Hogstedt à sua equipa técnica para esta temporada de terra batida foi uma grande ideia e os resultados estão à vista. A russa tem melhorado de semana para semana e o facto de ter um dia de descanso entre rondas vai ajudá-la em comparação com o que aconteceu em Madrid e Roma, onde pareceu exausta nas derrotas. Ao seu melhor, só a melhor Serena Williams pode batê-la (e normalmente bate).
Nuno Chaves: Simona Halep – É uma lotaria dizer quem pode ganhar na prova feminina. São várias as candidatas e o equilíbrio é cada vez maior. No entanto, a fome em vencer um torneio do Grand Slam aumenta a cada segundo que passa para a romena. Tem estado a jogar bem e acredito que será desta que se vai estrear a vencer Majors.
Zézé Morais: Simona Halep – escolher a campeã de um torneio na vertente feminina é sempre um tiro no escuro, mas acredito que Halep tenha todas as condições reunidas para vingar as finais perdidas em 2014 e 2017 e, finalmente, vencer um Grand Slam.
Susana Costa: Elina Svitolina – No ano passado, de pouco lhe valeu chegar a Paris como campeã de Roma, mas a forma firme como derrotou Halep na final italiana, na semana passada, revela que vai entrar em Roland Garros disposta a mudar a história.
Dark Horse Masculino
José Morgado: Kei Nishikori – O quartofinalista do ano passado está de regresso aos torneios do Grand Slam pela primeira vez desde Wimbledon, em 2017. Finalmente saudável, chega em forma e, não tendo um quadro fácil, pode sonhar com uma primeira meia-final da carreira em Paris. Ou quem sabe uma segunda final de Grand Slam…
Nuno Chaves: Kei Nishikori – O japonês tem vindo a subir de forma a cada torneio que passa. Fez uma boa temporada de terra batida e, ainda que Novak Djokovic pudesse ser uma boa aposta neste tópico, acredito que Nishikori se vai apresentar num excelente plano e, tendo um quadro de qualidade pela frente, são adversários que podem ser perfeitamente ultrapassáveis.
Zézé Morais: Novak Djokovic – É quase estranho escolher um antigo campeão como Novak Djokovic como um dark horse, mas, com os recentes torneios, e apesar de a temporada não estar a correr de feição, o sérvio guarda boas memórias de Paris e poderá conseguir uma surpresa. Tem nomes como Ferrer, Bautista Agut e Dimitrov pelo caminho, mas por outro lado… só pode encontrar Nadal na final, uma raridade nos sorteios.
Susana Costa: Stefanos Tsitsipas – A apostar tudo. Com Dominic Thiem à espreita na segunda ronda, isto é capaz de entrar na esfera da demência, mas, em minha defesa, o jovem de 19 anos derrotou o austríaco em Barcelona. Em dois sets. Convincente o suficiente ou ainda dá para perceber que o grego ganhou uma (super) fã na sua passagem pelo Estoril?
Darkhorse Feminina
José Morgado: Daria Kasatkina – a finalista de Indian Wells adora terra batida e tem um ótimo quadro. Quartos-de-final, no mínimo, não me espantariam nada.
Nuno Chaves: Maria Sharapova – É um facto que pode encontrar Serena Williams nos oitavos-de-final mas a russa tem estado em grande nos últimos dois torneios que disputou. Está cada vez mais confiante e com uma vontade enorme em regressar às grandes decisões dos grandes torneios. Tem um quadro complicado – pode defrontar Pliskova na terceira ronda -, no entanto, parece-me que vamos ver Sharapova a chegar a uma fase bem adiantada em Roland Garros.
Zézé Morais: Maria Sharapova – uma vez mais, Maria Sharapova está longe do top-10, mas tem feito boas prestações nas últimas semanas e sabe como é vencer em Paris.
Susana Costa: Anett Kontaveit – Quantas jogadores se podem gabar de chegar à cidade-luz iluminadas pelas vitórias sobre Vandweghe, Kuznetsova, Venus e Wozniacki, de uma assentada. É ficar de olho.
Primeiro top 10 a cair
José Morgado: Grigor Dimitrov – A forma é má, o quadro não é famoso e o registo de carreira neste torneio é um desastre. Oxalá me engane…
Nuno Chaves: Grigor Dimitrov – Está ser uma temporada decepcionante. Muitos altos e baixos (mais baixos do que altos) e ainda sem qualquer título em 2018. O ténis está todo lá, no entanto, como o próprio búlgaro referiu, a terra batida é a sua pior superfície. Defronta Troicki na primeira ronda e, apesar de Dimitrov ser claramente favorito, uma surpresa neste encontro não me surpreendia de todo.
Zézé Morais: Juan Martin del Potro – com uma forma física ainda incerta, Juan Martin del Potro terá dificuldades em apresentar o seu melhor ténis em Roland Garros, e os possíveis longos encontros fruto do piso, a terra-batida, não ajudarão.
Susana Costa: Grigor Dimitrov – A forma como derrapou na terra de Madrid e de Roma não abona a favor da confiança do búlgaro. As velhas inseguranças podem estar de regresso à cabeça do número cinco mundial, depois de um final de ano e um arranque de temporada em grande.
Primeira top 10 a cair
José Morgado: Jelena Ostapenko – A letã vai ganhar muitos mais Grand Slams na sua carreira, mas não acredito que aguente a pressão de defender um primeiro Major. E tem Victoria Azarenka na segunda ronda…
Nuno Chaves: Karolina Pliskova – Defrontar Sharapova numa possível terceira ronda pode ser determinante para a sua eliminação precoce.
Zézé Morais: Jelena Ostapenko – sim, a campeã em título teve um azar tremendo com a possibilidade de esbarrar em Victoria Azarenka na segunda ronda, e por isso poderá não passar daí. Mas atenção: e aquele encontro entre Garbine Muguruza e Svetlana Kuznetsova logo na primeira ronda? A não perder.
Susana Costa: Jelena Ostapenko – Por esta altura, já a letã de 20 anos terá percebido que, afinal, há uma coisa mais difícil do que vencer um Grand Slam: repetir a façanha no ano seguinte. Os olhares vão estar sobre si e Victoria Azarenka também (salvo seja) logo no arranque do torneio.
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