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Rebecca Marino superou depressão e bullying para voltar à ribalta
Rebecca Marino é dona de uma grandes histórias do qualifying do Australian Open. Tendo em conta que falamos de uma jogadora que já foi número 38 WTA, a qualificação para o quadro principal podia parecer algo perfeitamente normal. A verdade é que a canadiana, de 30 anos, é um verdadeiro exemplo de superação. Em 2013, com apenas 22 anos, anunciava que se ia afastar do ténis por causa de uma depressão. Agora, está de volta para ser feliz.
Numa semana de grande nível no Dubai, onde se disputou o ‘qualy’, Marino bateu Jaqueline Adina Cristian, Valeria Tomova e Maryna Zanevska sem ceder um único set, mostrando o poder de fogo que a destacou na fase inicial da carreira. Mas mais importante do que isso é a forma como superou todos os problemas que tanto a afetaram nesses momentos em que, dentro de campo, até podia estar bem.
“Sofro de depressão há muitos anos e cheguei ao meu ponto mais baixo em fevereiro. Houve dias em que não conseguia sair da cima nem sequer vestir-me”, disse Marino em 2013, altura em que se retirou. Outro fator que pesou muito nessa decisão foi o peso das mensagens que lhe chegavam através das redes sociais. Era vítima de cyber bullying. “As redes sociais tiveram muito impacto em mim…”, admitiu.
Quando se afastou do ténis, Marino dedicou-se a ajudar o negócio de construção da família, começou a dar algumas aulas de ténis e tirou um curso de Literatura Inglesa. Tudo decisões que a ajudaram a estar onde chegou hoje, ao primeiro quadro principal de um torneio do Grand Slam desde o Australian Open de 2013. No entanto, resta saber o que ainda vai poder alcançar aos 30 anos, agora como número 312 WTA. Num ranking mais baixo, mas mais feliz.
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