Quando os favoritos saem pela porta pequena
Estamos a chegar a uma fase do Open dos Estados Unidos onde os encontros são disputados com um nível de ténis cada vez maior e onde cada surpresa é uma grande surpresa. Duas delas aconteceram ontem, em pleno Louis Armstrong Stadium, com Andy Murray e Tomas Berdych a dizerem adeus ao evento norte-americano às mãos de Kevin Anderson e Richard Gasquet, respetivamente.
Foi com os parciais de 7-6(5), 6-3, 6-7(2) e 7-6(0) que o gigante sul-africano deitou por terra a série de 18 presenças consecutivas em quartos-de-final de torneios do Grand Slam de Andy Murray. Anderson, 15.º cabeça-de-série, disparou uns incríveis 81 winners, contra 49 do seu adversário, e levou de vencido 79% dos pontos ganhos com o seu primeiro serviço, que viajou na ordem dos 200 km/h.
No final do encontro, o vencedor de 2012 não escondeu a desilusão: “perder assim é difícil. E perder um encontro que durou quatro horas, depois de encontros difíceis no torneio, é ainda mais difícil. Estava a competir contra um excelente jogador e ele serviu extremamente bem”. O próximo adversário de Kevin Anderson é o quinto cabeça-de-série, Stanislas Wawrinka, que ainda esteve empatado a um set com Donald Young mas venceu o jogador da casa por 6-4, 1-6, 6-3 e 6-4 em 2h11.
A outra surpresa na jornada desta segunda-feira foi a eliminação de Tomas Berdych, sexto favorito da prova e semifinalista de 2012, que caiu aos pés de Richard Gasquet por 2-6, 6-3, 6-4 e 6-1. Os 36 winners e o excelente nível de jogo demonstrado pelo jogador francês, semifinalista de 2013, foram mais do que suficiente para inverter a desvantagem frente ao checo, que totalizou mais erros do que winners.
Segue-se um encontro com Roger Federer, responsável pela derrota de John Isner por 7-6(0), 7-6(6) e 7-5.