Preparador físico de Federer avisa: «Os músculos dele não são os mesmos»
Pierre Paganini, o famoso preparador físico de Roger Federer como quem o suíço trabalha há duas décadas, está confiante de que o campeoníssimo irá regressar aos courts a bom nível dentro de duas semanas, mas alerta que o processo de regresso ao melhor nível será muito mais lento do que em 2017, quando o suíço voltou de uma lesão grave pela primeira vez.
“Tínhamos este joelho sinalizado há muito tempo. Sempre lhe deu problemas, fazíamos trabalho específico para isso. Estamos a falar de alguém com mais de 1500 encontros de ténis disputados. É normal que estas coisas aconteçam. Quando ele quis ser operado, assumimos essa responsabilidade”, começou por referir Paganini, em entrevista ao ‘Tages Anzeiger’, antes de detalhar um pouco mais sobre a recuperação. “Não vou dar detalhes sobre processos médicos mas apenas posso dizer que o mais importante é que não tenhamos mais contrariedades. Ao contrário do que aconteceu em 2016, os músculos deterioraram-se consideravelmente porque ele parou muito tempo.”
E em que ponto está a recuperação de Federer? “No início de outubro, começámos a um nível mais baixo.No entanto, tentámos desde o início incorporar aspectos de coordenação.Como o corpo reage a isto ou aquilo.Tudo, desde o menor movimento após a operação até o ponto em que, com sorte, ele poderia voltar a jogar ténis de novo.É um longo caminho”, assumiu. “Ele agora treina praticamente de forma normal.Se pudessem vê-lo diriam que não está lesionado e que está tudo bem.Mas não se esqueçam: só quando todas as etapas são concluídas é que a reatividade começa a funcionar.Isso é muito importante no ténis.“
As expectativas para o regresso devem ser baixas. “O Roger só joga quando sabe que pode jogar bem novamente. Todos nós temos que ver como o corpo reage ao regresso.É importante protegê-lo.Isto não é comparável a 2016. Já é uma grande vitória se ele conseguir voltar ao court, jogar e depois dizer: “Estou bem, ansioso pelo o próximo jogo. Neste momento só temos certezas quanto a Doha. Dubai logo se vê”.