Pella: «Sempre vivi o ténis como um sacrifício, fazia-me mal»

Pella: «Sempre vivi o ténis como um sacrifício, fazia-me mal»

Por José Morgado - abril 25, 2019

Guido Pella, um dos melhores jogadores de 2019 — ninguém tem mais vitórias em terra batida esta época do que ele — continua em grande. Depois de chegar aos quartos-de-final do ATP Masters 1000 de Monte Carlo, na semana passada, o argentino já está nos ‘oitavos’ em Barcelona, depois de derrotar João Sousa e Karen Khachanov. Depois do encontro com o russo na Catalunha, Pella falou com o site ‘Punto de Break’ e revelou que não tem objetivos no ténis pois demorou muito tempo a divertir-se com a modalidade por colocar demasiada pressão nos seus ombros.

“Passei anos demais a viver o ténis como se fosse um sacrifício, a colocar demasiada pressão em mim próprio. Depois de ganhar o meu primeiro título [fê-lo em São Paulo] decidi mudar a minha forma de pensar. Quero divertir-me apenas, sem pressões, sem stress, sem objetivos. É isso que farei. O meu objetivo a partir de agora é ser feliz. Se os resultados acompanharem… melhor”, confessou o argentino, que já ocupa nesta altura o 28.º lugar da classificação.

Pella defronta esta quinta-feira nos oitavos-de-final o francês Benoit Paire, que tal como ele já conquistou um título ATP de terra batida em 2019. No caso do francês, foi em Marraquexe, há 10 dias.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt