Pedro Sousa: «Não foi bonito, mas o importante era a vitória»

Pedro Sousa: «Não foi bonito, mas o importante era a vitória»

Por José Morgado - maio 16, 2022

Pedro Sousa, um dos melhores tenistas portugueses de todos os tempos e atualmente caído para o 287.º posto do ranking ATP depois de ter estado mais de meio ano parado, alcançou esta segunda-feira uma das melhores e mais importantes vitórias desde que voltou à competição, em março, e avançou para a segunda ronda da fase de qualificação de Roland Garros, e no final do encontro mostrou estar muito contente em declarações ao jornal ‘Record.’

BOA VITÓRIA

 “O dia correu bem, acabei por ganhar, era o mais importante. Não foi um jogo fácil, não foi um jogo bonito, mas o mais importante era mesmo a vitória. Consegui esse objectivo e estou bastante contente”

ENCONTRO SET A SET

“Foi um primeiro set complicado, eu não conhecia o meu adversário. As condições em Paris estão bastante rápidas, por isso estava difícil de responder. Acabei por fazer um break no fim do set e servi para fechar o set, mas não consegui fechar e no tie-break esse tipo de jogadores são sempre perigosos. Ele acabou por ser mais forte nesses detalhes no tie-break. No primeiro como no segundo, fui melhor. Só que ele tem um grande serviço e resolve muitos problemas com isso. Eu estive sempre à frente no segundo set, mas mesmo assim foi equilibrado. Consegui fechar quando estava a 5-4, mas sim parecia que tinha as coisas mais ou menos controladas. O super tie-break não é uma forma, um tipo de jogo que estamos habituados a jogar. Acontece nos Grands Slams e apenas no último set e se estiver tudo igual. É um bocadinho diferente. Cheguei rapidamente ao 7-2, mas sabia que ainda tinha três pontos a marcar. Ele soltou-se, teve meios de dar a volta, 7-8, mas felizmente consegui vencer os três últimos pontos e ganhar o jogo”.

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MUITA TENSÃO

“Há alturas em que os nervos levaram a melhor, mas entre nós os dois foi tudo muito tranquilo. Admito que tanto ele como eu baixamos o nível de vez em quando, mas isso eram os nervos a falar mais alto. O que fica no final, é a vitória. Nem discutimos muito os pontos neste encontro. Aliás tanto eu como ele falamos porque vimos cada um, uma bola a sair, mas a árbitra acabou por não nos dar razão nesses dois pontos. Não houve grandes problemas, foi tudo normal”.

SEGUNDA RONDA CONTRA GIUSTINO

“O Giustino tem jogado bem, joguei com ele ontem (no domingo), treinei com ele, e ele ganhou-me no treino. Ele disse-me que se sentia bem, ele que jogou uma final recentemente. Conhecemos-nos bastante bem e vai ser um jogo difícil com certeza. Tenho de ser constante, melhorar o serviço porque hoje não esteve tão bem. E tentar fazer com que ele falhe pontos”.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com