Pedro Sousa combate quarentena e jetlag com séries e música: «O problema do quarto é o tempo que passamos fechados»
Pedro Sousa, número dois português e 106.º colocado do ranking mundial, cumpriu esta segunda-feira o seu primeiro dia de treinos em Melbourne, ao lado do seu novo parceiro: o sul-coreano Soonwoo Kwon, jovem que ocupa o 96.º posto da hierarquia mundial. O lisboeta de 32 anos confirmou como as coisas não tem sido pacíficas nestes primeiros dias em Melbourne.
“Está muita complicação aqui neste momento. Houve quatro aviões com pessoas infetadas e jogadores que estão em total confinamento, o que deixou muitos jogadores descontentes porque não sabíamos que as coisas iam ser assim. Como viajámos com pouca capacidade e muito protegidos, muitos achávamos que era para evitar a quarentena no caso de haver positivos, mas a organização diz que estas são as ordens das autoridades de saúde. Se dependesse da Tennis Australia talvez pudéssemos ter uma bolha dentro da bolha, mas hoje teremos uma reunião para ver se teremos novas informações”, começou por referir.
Sousa referiu-se ainda ao seu novo parceiro. “Deram-me um novo parceiro, o Kwon. Hoje já posso treinar mas houve alguns problemas com os transportes. Vamos ver o que acontece. Quem ia treinar mais cedo não saiu para treinar. Estamos um pouco às escuras. Como não podemos sair do quarto, não temos grandes informações.”
A vida fechado num quarto de hotel… não é nada fácil. “Não é fácil. Primeiro torneio do ano, viagem longa, jetlag. Mas é o que temos neste momento e vamos tentar preparar da melhor maneira para estarmos em forma. Tenho visto algumas séries, música, tentar ocupar o tempo com algum físico, tentar mexer-me. Tem sido assim. O meu quarto é normal. A janela não abre, mas é um bom quarto. O problema é mesmo a quantidade de tempo que estamos aqui fechados“, confessou o português, que viajou com o espanhol Ruben Ramírez Hidalgo, que está noutro quarto de hotel e com o qual ainda não contactou fisicamente.
Sousa admite que a comida não é o ponto alto desta quarentena em Melbourne, mas desdramatiza a situação. “A comida não é grande coisa, mas deram-nos 100 dólares por dia para gastar em UberEats. Não é o ideal, mas é o que temos.”