Pedro afasta desculpas: «Estava com dores mas consegui criar oportunidades»

Pedro afasta desculpas: «Estava com dores mas consegui criar oportunidades»

Por Susana Costa - abril 29, 2019
Joao-Domingues

Ainda que na posse de bons (ou, neste caso, maus) argumentos, Pedro Sousa recusou apresentar desculpas na hora de analisar a derrota para o norte-americano Reilly Opelka, número 59 mundial, na primeira ronda do Millennium Estoril Open. A lesão no pé esquerdo, contraída no arranque do encontro, dificultou-lhe a tarefa, admite, mas foi mais do que isso.

“Mesmo que estivesse bom do pé, podia muito bem perder com o Opelka. Não seria nada de surpreendente”, afirmou o número dois nacional. “É um bom jogador, já ganhou um torneio este ano e está no top 60”. Além disso, apontou, “já ganhou grandes torneios em terra batida”.

“Não acho que [a culpa] tenha sido do pé. É um adversário difícil em quaisquer condições e teoricamente favorito. O estilo dele é este, está muito habituado a jogar tie breaks, porque joga-os mais do que a maioria dos jogadores. E, depois, tem inícios de jogada fortes na resposta”.

“Ele ganha muitos pontos com o serviço”, continuou, “e isso dá-lhe tranquilidade para poder arriscar. Coloca pressão nos nossos jogos de serviço porque sabemos que é duro quebrá-lo. Acho que tive menos mérito quando sofri os breaks no segundo set”.

Lamenta, por isso, não ter aguentado a vantagem conseguida. “Queria chegar mais longe, tinha as minhas hipóteses. Estava com dores no início do encontro, mas consegui criar oportunidades e não as aproveitei”, concluiu, ainda sem saber se estará em condições de jogar o encontro de pares desta terça-feira.

Descobriu o que era isto das raquetes apenas na adolescência, mas a química foi tal que a paixão se mantém assolapada até hoje. Pelo meio ficou uma licenciatura em Jornalismo e um Secundário dignamente enriquecido com caderno cujas capas ostentavam recortes de jornais do Lleyton Hewitt. Entretanto, ganhou (algum) juízo, um inexplicável fascínio por esquerdas paralelas a duas mãos e um lugar no Bola Amarela. A escrever por aqui desde dezembro de 2013.