Paul: "A única diferença entre mim e Djokovic na Austrália foi no nível mental"

Paul: “A única diferença entre mim e Djokovic na Austrália foi no nível mental”

Por Pedro Gonçalo Pinto - março 12, 2023

Tommy Paul viveu um momento muito importante na sua carreira no início dessa temporada, quando alcançou a semifinal do Australian Open. Na luta por uma vaga na final, o norte-americano perdeu para Novak Djokovic, algo que diz ter acontecido apenas por uma questão mental. Paul fez um reflexão interessante depois de avançar para a terceira rodada do Masters 1000 de Indian Wells.

MELHORIAS CONSTANTES

Cada ano tenho melhorado um pouco e acho que essa é a maneira certa de explorar os próprios limites. Uma evolução lenta, mas constante fará com que não seja tão difícil me manter onde conseguir chegar. Competir em grandes palcos contra adversários importantes é o que dá a experiência necessária para evoluir. No ano passado perdi a maioria desses jogos grandes e agora espero jogar muitos mais e ganhar alguns.

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SOBRE CONFIANÇA

A minha prioridade foi evitar ficar arrogante por isso e deixar a minha atitude mudar. No tênis não pode viver à sombra de um bom resultado porque depois vêm as más notícias. O excesso de confiança é tão negativo quanto a falta dela. Há momentos em que precisas de ter muita autoconfiança, mas outros em que deve ser humilde e aceitar que há limitações e que o que fez no passado não garante nada no presente e no futuro. A única coisa que pensei após perder para Djokovic na Austrália foi no que poderia fazer para ganhar o jogo na próxima vez.

EXEMPLO DE DJOKOVIC

É uma loucura o que Djokovic está fazendo na sua carreira profissional e como lida com as emoções em todos os momentos. Olho muito para ele para tentar melhorar isso porque considero que é o melhor do mundo a nível mental. Ganhou de mim muito facilmente, mas, honestamente, acho que a única diferença entre nós foi a nível mental. Isso dá uma ideia do quanto ele é bom e da importância que esse aspecto tem no tênis.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt