No topo do mundo!
Foi num grande encontro de ténis que se decidiu a edição do torneio feminino do Open dos Estados Unidos de 2016 – uma vez mais, com casa cheia.
Frente a frente, Angelique Kerber, que se estreará no topo da hierarquia mundial na próxima segunda-feira, defrontava a tenista “responsável” por esse feito: a checa Karolina Pliskova que, ao ter derrotado ambas as irmãs Williams ao longo destas duas semanas, se tornou apenas na quarta a fazê-lo no mesmo torneio.
O encontro começou com a mais nova das duas tenistas a acusar algum nervosismo (afinal, Pliskova nunca havia disputado sequer a segunda semana de um Major antes deste US Open). Para Kerber, a tarefa foi simples: após ter ganho o sorteio inicial e optado por começar a responder, quebra para iniciar o primeiro set, salva break-points nos seus primeiros dois jogos de serviço e, ao cabo de 41 minutos, ao primeiro set-point, quebra novamente e adianta-se a 6-3.
Para a segunda partida, Pliskova entrou melhor e decidida a equilibrar a contenda, fazendo, para isso, fruto do seu portentoso serviço: a checa cedeu apenas dois pontos com a primeira bola – o mesmo número dos que Kerber conquistou com o segundo saque, no mesmo período -, o que lhe permitiu quebrar o serviço da alemã no sétimo jogo e igualar o encontro.
Na “negra”, e após os breaks terem sido unilaterais em cada um dos parciais anteriores, o terceiro foi mais equilibrado nesse aspeto por parte destas duas tenistas originárias da Europa de Leste (Kerber, natural de Bremen, é filha de pais polacos). Pliskova é a primeira a quebrar, adiantando-se a 3-1, o que leva a que Angie seja obrigada a puxar dos galões de número um e vença os três jogos seguintes. Depois de ter algumas dificuldades em fazer o 4-4, a checa protagoniza, a perder por 4-5 aquele que foi, provavelmente, o seu pior jogo de serviço em todo o torneio e é por 6-3 4-6 6-4 que Angelique Kerber faz de novo história.
Além da já referida subida à liderança da hierarquia, Kerber é ainda a primeira tenista desde Justine Hénin, em 2007, a conquistar dois torneios do Grand Slam na mesma temporada e a não se chamar Serena Williams. Com finais alcançadas, de igual modo, em Wimbledon e nos Jogos Olímpicos – além do triunfo no Open da Austrália -, este é, sem dúvida, o ano de Angie. Quanto a Pliskova, será a nova número seis do mundo.