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Nishikori: «É difícil sair à rua no Japão»
Kei Nishikori, um dos principais ausentes (por opção) do Masters 1000 de Monte Carlo, já está em Barcelona com o objetivo de defender o título alcançado em 2014, naquele que continua a ser o seu único troféu da carreira em terra batida. O japonês, que entra na competição com o estatuto de primeiro cabeça-de-série, admite que ainda fica admirado quando olha para o ranking e se vê à frente de jogadores como Rafael Nadal e David Ferrer.
“É estranho chegar aqui como primeiro cabeça-de-série, num torneio em Espanha, com os melhores tenistas espanhóis. Mas eu tenho jogado bem e o meu ranking traduz precisamente isso. Este é um dos meus torneios preferidos. Adoro Barcelona, adoro Espanha e estas semanas são sempre felizes para mim”, confessou o japonês de 25 anos, que aterrou na Catalunha e foi diretamente para uma sala de conferências de imprensa lotada de jornalistas.
Em 2014, Nishikori viveu em Espanha duas semanas de luxo, com título em Barcelona e final no Masters 1000 de Madrid, apenas travado por uma lesão, numa altura em que comandava por completo a final frente a Rafael Nadal. O nipónico garante que ganhar ao maiorquino continua a ser um dos objetivos de carreira que ainda não conseguiu atingir.
“É sempre um objetivo vencer o Rafa. Ele já me venceu 5 ou 6 vezes, mas penso que estou cada vez mais perto. Sinto que tenho oportunidade de o vencer, mas ele é um grande jogador, especialmente em terra batida. Em 2014 joguei muito bem em terra. Há que jogar um ténis diferente daquele que é praticado em piso rápido e vou tentar adaptar-me nas primeiras rondas”, admitiu em conferência de imprensa.
Nishikori explicou a razão pela qual não viajou até Monte Carlo. “Não vivo na Europa e para mim seria muito complicado disputar cinco torneios seguidos em terra batida sem ter um local aqui para descansar decentemente. O meu objetivo principal é chegar bem a Roland Garros e penso que assim tenho o calendário ideal”.
Uma verdadeira super-estrela no seu país, com mais de uma dezena de contratos publicitários, Kei admite que a sua popularidade é uma das principais razões para optar por passar mais tempo nos Estados Unidos, onde reside.
“É uma loucura quando regresso ao Japão. As pessoas reconhecem-me na rua e não é fácil fazer uma vida normal. Não é fácil estar tranquilo e relaxado no Japão. Mas é o meu país, onde tenho a minha família e os meus amigos. Gosto sempre de ir lá, pelo menos uma ou duas vezes por ano”, garantiu.
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