Murray: «Ligaram-me para o quarto e eu acordei completamente em pânico»

Murray: «Ligaram-me para o quarto e eu acordei completamente em pânico»

Por admin - janeiro 25, 2016

Com a mulher Kim Sears grávida de nove meses à distância de 26 horas de viagem e o seu sogro Nigel Sears ainda a recuperar do colapso de que foi vítima durante o encontro da sua pupila Ana Ivanovic, Andy Murray tem vivido em permanente sobressalto.

Depois de garantir o seu habitual lugar nos quartos-de-final do Open da Austrália – é a sétima vez consecutiva que o faz -, o escocês admitiu ao site oficial do evento australiano que tem faltado alguma tranquilidade à sua rotina: “têm sido dias difíceis”.

“No outro dia de manhã pedi serviço de quarto”, contou. “Ligaram-me para o quarto e eu acordei completamente em pânico. Atendi o telefone e eram apenas as pessoas que entregam a comida a dizer: ‘estamos à sua porta com o pedido’. Eu não consegui ouvi-los porque há uma porta entre a minha cama e o sítio onde eles estavam a bater. Entrei em pânico, no momento”, continuou Murray.

Ainda que não possa contar com a ajuda e companhia da sua mulher, como acontece sempre nos eventos do Grand Slam, o número dois mundial aproveita para matar saudades logo que arruma a raquete, mesmo que a diferença horária teime em não ajudar e, por vezes, um par de mensagens escritas tenham de ser suficientes.


Tenho de ter a certeza de que programei o despertador, que encomendei a comida e que tenho o material pronto para o dia seguinte


“Quando estou fora do court, a minha prioridade é falar com a Kim e tentar encontrar alguma maneira de a ajudar a partir daqui […] Está a funcionar; não é o melhor sítio de onde se pode comunicar mas está a correr bem até agora. Ter um bebé é emocionante mas passar-se durante o torneio torna-o mais stressante do que seria necessário”, acrescentou o jogador de 28 anos, que confessa ser mais desorganizado quando não tem Kim por perto.

“Tenho a minha equipa toda aqui e fazemos as mesmas coisas de sempre, por isso não me sinto aborrecido nem sozinho. Preciso apenas de ser mais organizado de manhã e à noite, para ter a certeza de que programei o despertador, que encomendei a comida e que tenho o material pronto para o dia seguinte. Porque quando a Kim está por perto fazemos esse tipo de coisas juntos; agora tenho de ser um pouco mais organizado”.

Uma vez mais sem o apoio de Kim, pelo menos in loco, Murray, finalista do Major que inaugura a temporada em quatro ocasiões, vai lutar com David Ferrer por um lugar nas meias-finais.