Mulher que gritou contra Zverev tinha um plano: "Queria que Sascha ficasse desconfortável"

Mulher que gritou contra Zverev tinha um plano: “Queria que Sascha ficasse desconfortável”

Por Pedro Gonçalo Pinto - janeiro 29, 2025
Alexander Zverev foi derrotado este domingo na final do Australian Open -- a sua terceira derrota em três finais de Major.

A final do Australian Open 2025 ficou marcada por um momento já na cerimônia de premiação. Quando Alexander Zverev se preparava para discursar, uma mulher começou a gritar nas arquibancadas. “A Austrália acredita na Olya e na Brenda!”, foi ouvido repetidamente, fazendo menção aos casos de violência doméstica que envolveram Zverev e as suas ex-namoradas.

Pois bem, o jornalista Ben Rothenberg, que deu voz a muitas das acusações contra Sascha, falou com a mulher, Nina, que falou sobre o que esteve por trás de tudo. “Tenho ficado furiosa pelo faco de Sascha poder andar à vontade e ser celebrado pelo mundo. Parte de mim se questiona se é porque a maior parte das pessoas não quer saber da voz das vítimas e do seu bem-estar”, começou dizendo ao norte-americano.

“Eu estava no lado do box dos jogadores. Durante toda a noite as pessoas gritavam pelo Sascha, foi nojento. Ele pode tentar ser bully com a ATP, os jornalistas, não sei, para abafar a história. Mas eu queria que ele soubesse que os fãs de tênis sabem e se preocupam com estas mulheres. E acreditamos nelas”, acrescentou.

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E Nina tinha um plano. “Decidi que no match point ia descer para onde dizia Melbourne porque sei onde são os lugares da mídia e queria estar perto o suficiente para todos me ouvirem. E queria que os nomes da Olya e da Brenda fossem ouvidos naquele estádio. Queria que a Brenda, a Olya e os sobreviventes de violência doméstica saibam que não estão esquecidos, mesmo quando os seus abusadores são celebrados num palco mundial. Queria que Sascha ficasse desconfortável, que soubesse que não vamos esquecer”, concluiu.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt