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Mónica Seles recorda a fama, a vida social e fala do ponto de viragem na carreira
Mónica Seles, uma das melhores tenistas de todos os tempos, escreveu uma autobiografia onde aborda vários temas da sua carreira que teve episódios de sucesso e de sofrimento quando estava, porventura, no melhor momento da sua vida profissional com apenas 19 anos.
No seu livro ‘Getting a Grip’, a antiga tenista fala daquilo que a fama pode representar para alguém que, aos 19 anos, já tinha oito títulos do Grand Slam conquistados e lembra episódios marcantes com o seu agente Tony Godsick (que trabalha atualmente com Roger Federer) entre os quais está um concerto dos Guns N’ Roses em Nova Jersey onde Mónica Seles estava devido a um encontro de exibição:
“Telefonei ao meu agente e ele disse-me: «Se arranjo bilhetes para o concerto? Claro! Quero muito ir! Vê se estás pronta às 21h00». No dia seguinte tinha aquele encontro de exibição e sabia que não podia vencer se não dormisse, mas perguntei a mim mesma: «Quem sabe? Uma noite não são noites! Tenho apenas 17 anos! Devo descontrair um pouco de vez em quando». Ainda assim a sensação de que estava a fazer algo de errado crescia. Além disso, nessa noite não sei que coisas é que foram realmente bonitas e quais é que eu me convenci de que eram bonitas. Vi todas aquelas pessoas a desfrutar como se não houvesse amanhã e eu, infelizmente, não senti o mesmo”, lembra, citada pelo Punto de Break.
Mónica Seles lembra o que pensou após um novo concerto, desta vez de Prince, quando tinha um torneio em Los Angeles um dia antes da meia-final do torneio da mesma cidade:
“Eu tinha vencido as três primeiras rondas sem perder um único set e, nesse sentido, decidi ir ao concerto com a mentalidade de que não havia razões para estar preocupada. Podia levantar-me tarde, ir treinar e continuaria a ser a número um do mundo”, recorda Seles, que acabou por garantir a presença na final num duelo muito complicado em que foi a três partidas.
Com todas estas peripécias Mónica Seles a sensação que teve quando pegou no troféu de campeã do torneio de Los Angeles:
“Naquele momento, mesmo na altura em que levantava o troféu, decidi que ia dedicar-me de corpo e alma a esta modalidade. Seria 100 porcento de mim dedicada ao ténis e não apenas 50 porcento para que os outros 50 fossem dedicados à minha vida social. Nesse momento descobri a grande diferença entre ser famoso e ser uma celebridade. Ser famoso vem com o sucesso. Ser uma celebridade vem de ti”, revelou.
Recorde-se que Mónica Seles esteve envolvida num grave incidente que lhe custou, porventura, o estatuto de melhor tenista de todos os tempos numa fase em rivalizava por esse título com a alemã Steffi Graff.
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