Medvedev rendido a Korda: «Se eu tentasse jogar como ele era número 700 do Mundo»

Medvedev rendido a Korda: «Se eu tentasse jogar como ele era número 700 do Mundo»

Por Pedro Gonçalo Pinto - janeiro 20, 2023

Daniil Medvedev foi tentando coisas diferentes, mas Sebastian Korda mostrou-se simplesmente demasiado forte para sair por cima do duelo da terceira ronda do Australian Open. O norte-americano deixou o russo rendido, ao ponto de o tenista que agora vai sair do top 10 dizer que nunca seria capaz de adotar um estilo de ténis semelhante.

RENDIDO A KORDA

O mais difícil é que bate muito forte na bola. Provavelmente é um dos que bate mais forte e ainda por cima apanha a bola muito cedo. Há outros rapazes a jogar assim, mas falham mais do que ele. Na verdade, quando ele esteve pior aproveitei as minhas oportunidades. Não sinto que tenha desperdiçado muitas oportunidades. Só tinha de ser melhor no geral de todo o nível do encontro, algo que não consegui fazer. O seu ténis é um pouco diferente do de toda a gente porque é muito agressivo, talvez seja parecido a Djokovic. Mas nem todos são capazes de fazer isso, por isso é bonito de ver. Se eu tentasse jogar com ele era número 700 do Mundo.

O PORQUÊ DE SAIR DO TOP 10

Principalmente pelos resultados. Desta vez foi um pouco diferente porque ele esteve em cima de mim o tempo todo e eu tentava lutar para voltar em cada set, tentar equilibrar. Por isso o ténis é tão difícil porque no top 30 todos podem ganhar a toda a gente. Os dez primeiros são mais consistentes e é por isso que estou a descer um pouco, mas todos podem derrotar todos. Até Novak pode perder às vezes, embora menos do que os outros.

NÍVEL MAIS BAIXO NOS ÚLTIMOS MESES

Essa não é a questão. As minhas pancadas não mudaram muito. Antes também era um jogador de contra-ataque. Mas falhei alguns passings que não devia ter falhado. Ultrapassar um adversário na rede é difícil, não dá para treinar muito e pronto. Ele esteve muito bem e eu um pouco menos.

Korda não dá chances a Medvedev e alcança maior vitória da carreira em Melbourne

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt