Atualmente no 2.º lugar do ranking ATP, Daniil Medvedev não esconde que tem o claro objetivo de ultrapassar Novak Djokovic e sentar-se no trono do ténis mundial. O russo vai ameaçando o sérvio, mas tem a plena noção daquilo que precisa de fazer melhor para se chegar à frente e ficar ainda mais perto de Nole, com grande destaque, claro, para a prestação nos torneios do Grand Slam.
“Quero muito ser o número um do mundo, mas com Djokovic ainda por cá fica difícil… Ele está a ganhar todos os encontros que joga em torneios do Grand Slam, então é preciso derrotá-lo na final. Na Austrália bateu-me, mas se tivesse ganho naquele dia talvez estivesse mais perto hoje. Eram 800 pontos a mais para mim e 100 a menos para ele, mas a realidade é que me ganhou. Sei que se num ano ganhar dois Grand Slams e um par de Masters 1000 serei o novo número um e é por isso que luto. Preciso de ganhar grandes títulos”, explicou, ele que está nos quartos-de-final do Masters 1000 de Toronto como 1.º cabeça-de-série.
Depois de superar James Duckworth, Medvedev foi ainda questionado sobre que lições tem aprendido no circuito ATP e a resposta foi curiosa. “Foram muitos até aqui. O circuito é a minha vida. É como um trabalho que começa às 8 horas, a treinar no court, e acaba às 18 horas, como qualquer outro trabalho. O circuito ensina-te a conviver contigo mesmo, algo que não é fácil. São muitos torneios e, mesmo com muitos amigos, no fim do encontro estás sozinho no teu quarto, sobretudo se não fores casado! Essa é uma das coisas mais complicadas de lidar. A vida de tenista não é para qualquer um”, admitiu.