Medvedev: «Posso perder com qualquer jogador do Mundo em terra batida»
Daniil Medvedev não é fã de terra batida, mas não é por isso que o número um do Mundo chega a Roland Garros sem expectativas. No lançamento do torneio, o russo falou sobre o regresso à ação após ser operado a uma hérnia e ainda em relação ao sorteio desequilibrado no quadro principal do Grand Slam francês.
DERROTA CONTRA GASQUET
“Quero acreditar que não há nenhum padrão nessa derrota. Para ser honesto, posso perder com qualquer jogador do Mundo em terra batida. Também posso jogar bem e ganhar alguns encontros. Por exemplo, a primeira vez que ganhei ao Novak Djokovic foi em terra. Por isso, em terra é normal eu perder com qualquer um, incluindo franceses”
HÉRNIA
“Joguei com esse problema durante um tempo. Queria encontrar o melhor momento para a operação. Quando digo melhor momento, também é em termos de não ir longe de mais com a lesão porque aí é quando a recuperação pode ficar mais longa e as consequências maiores. Estou feliz por estar de volta porque ouvi que normalmente são seis semanas para voltar a jogar ténis, talvez mais. Para mim foram só quatro semanas. Nunca senti dor”
SORTEIO DE ROLAND GARROS
“Quando se joga um Grand Slam, é bom não ter esses grandes nomes do nosso lado. Claro que sabemos que Novak e Rafa jogam de forma louca em Roland Garros. Carlos também tem estado fantástico. Miami, Roma e Barcelona… Vamos ver como lida com a pressão. Se reproduzir o mesmo ténis, vai ser um dos favoritos. É bom tê-los no outro lado do quadro. Por outro lado, até mais do que noutros torneios, tenho é de me focar em mim. Há muitos jogadores bons de terra batida e vou jogar contra um deles na primeira ronda [Facundo Bagnis]. Tenho de me preparar bem e vou encontro a encontro. Se encontrar um desses nomes fortes quer dizer que fiz um bom torneio. Espero vê-los na segunda semana”
RELAÇÃO COM OS FRANCESES
“Adoro Roland Garros. Já tive alguns momentos difíceis em termos de resultados. No ano passado, embora não tenhamos tido muito público, houve uma atmosfera e eu adorei. Joguei bem. É um prazer estar cá este ano e talvez tenhamos casa cheia. Estou mesmo feliz por estar cá, adoro jogar em França. Já me perguntaram muitas vezes pela falta de sucesso em França, mas mudei isso ao ganhar em Bercy, por isso tenho expectativas para este torneio”