Medvedev: "Não sei por que demorei tanto para recuperar a minha forma"

Medvedev: “Não sei por que demorei tanto tempo para recuperar a minha forma”

Por Pedro Gonçalo Pinto - março 1, 2023
medvedev-dubai-retorno

Daniil Medvedev foi de 8 ao 80 na temporada passada, já que os seus resultados começaram a desaparecer e passou de ser número um do mundo até cair do top 10 já nesta temporada. No entanto, o russo está finalmente de volta ao seu melhor tênis – e aos dez primeiros também – muito à custa de uma série de dez vitórias, com os títulos de Roterdã e Doha, seguindo agora já na segunda rodada de Dubai. E não quer parar por aí.

DÉCIMA VITÓRIA CONSECUTIVA

Sinto-me muito bem, a confiança é muito importante no tênis. Acho que cada tenista tem maneiras diferentes de olhar para a confiança. Por exemplo, para mim é mais importante ter confiança no momento e do que lembrar o que fiz bem no passado. Talvez com Novak seja diferente, já que na Austrália, quando joga, não importa o que acontece, sempre encontra confiança. Para mim é mais importante o momento e agora me sinto muito bem. Estou feliz com a minha sequência, mas todas as sequências terminam. Vou tentar alargá-la o máximo possível.

Leia também:

 

VÁRIOS MESES SEM OS MELHORES RESULTADOS

Não sei por que demorei tanto tempo a recuperar a minha forma. Pode haver razões diferentes, mas não sei se houve uma chave ou se foram todas juntas. Sempre trabalhei muito duro com a minha equipe para estar o melhor possível, quero estar sempre no topo da forma, quero ganhar sempre, mas durante um tempo não funcionou. Por isso, saí de forma merecida do top 10, embora não tenha sido fácil. Dei tudo para me recuperar, simplesmente trabalhando duro. 

TERCEIRA SEMANA SEGUIDA COMPETINDO

Estava muito mais cansado em Doha do que nesta semana, sinceramente, porque chegava de um voo de seis horas desde Roterdã. Cheguei de noite e tinha de jogar de dia, então só tive um dia para treinar em condições totalmente diferentes. Para o corpo não é fácil, mas a mudança Doha-Dubai é muito melhor, um voo curto, é quase o mesmo torneio. Até agora sinto-me bem, sei que o corpo paga se você joga muitas semanas seguidas, mas trato de me manter em forma, tanto o corpo como a mente.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt