Medvedev e as 'naves espaciais': "Tem coisas antiquadas no tênis"

Medvedev e as ‘naves espaciais’: “Tem coisas antiquadas no tênis”

Por Pedro Gonçalo Pinto - março 18, 2024

Daniil Medvedev voltou a perder a final de Indian Wells ao ceder novamente diante de Carlos Alcaraz. Durante a partida, o russo se irritou com Mohamed Lahyani porque queria ver uma marca e disse que o tênis era uma “m****”. Mais a frio, explicou o que esteve por trás desse pensamento.

ANÁLISE À DERROTA

Ele esteve brutal. É um lugar difícil para jogar tênis, as bolas voam um pouco, o saque não conta tanto e quando isso acontece normalmente não jogo muito bem. Estou muito contente com estas duas semanas, não tenho arrependimentos. Podemos falar sobre alguns golpes, mas, no geral, o jogo não foi ruim. Ele está jogando bem, conseguiu elevar o nível no primeiro set. Tentei me manter por ali, mas no fim vim abaixo. O resultado não é o esperado, mas é justo. A última vez que estive na final de Indian Wells ganhei em Miami, espero repetir.

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IRRITAÇÃO EM RELAÇÃO AO TÊNIS DURANTE O JOGO

Tem algumas coisas no tênis que são antiquadas. Sempre disse isso. Por exemplo, agora já não tem juiíes de linha. Sei que a bola foi boa, só queria vê-la. Simplesmente mostra a marca rapidamente e pronto. Até pode mostrar no tablet. Estamos em 2024, colocamos naves no espaço. Para mim é inexplicável que em quadra dura a bola toque na linha e ressalte diferente no tie-break. Simplesmente, usem a mesma pintura que no resto da quadra. Amo o tênis, vou continuar jogando, mas quando não está contente, às vezes diz coisas estúpidas.

EXPECTATIVAS EM RELAÇÃO A ALCARAZ

É um grande campeão. Pode ter novas promessas, alguém como Luca Nardi, que chegue e consiga grandes vitórias, nunca se sabe. Mas o Carlos e o Jannik, por agora, são quem lutam por ganhar tantos torneios quanto seja possível. Tem sempre debate sobre se vão ganhar 9, 10 ou 12, quem sabe. Talvez aos 30 anos o Carlos diga que está cansado do tênis e pára ou talvez aguente até os 45. Estou certo de que o Carlos e o Jannik vão ganhar muitos Grand Slams. Espero tentar derrotá-los enquanto jogar.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt