Lajovic: «É lógico que apareçam pessoas a criticar Djokovic por ser anti-vacinas»

Lajovic: «É lógico que apareçam pessoas a criticar Djokovic por ser anti-vacinas»

Por Tiago Ferraz - maio 25, 2020
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Tennis – ATP 1000 – Monte Carlo Masters – Monte-Carlo Country Club, Roquebrune-Cap-Martin, France – April 20, 2019 Serbia’s Dusan Lajovic reacts during his match against Russia’s Daniil Medvedev REUTERS/Eric Gaillard – RC16C7263FC0

O tenista sérvio Dusan Lajovic deu uma entrevista ao SportKlub da Rússia onde falou de Novak Djokovic e do modo como encarou a fase de confinamento.

“Estive três semanas a descansar, sem fazer desporto. Estava à espera para ver como é que a situação evoluía na Sérvia e no mundo. Depois de três semanas em casa comecei a fazer exercício. Agora treino uma a uma hora e meia por dia para me manter em forma. Não jogo ténis há mais de dois meses e esta situação é novidade para mim. É o período mais longo que passei sem jogar ténis nos últimos dois anos. Temos que nos habituar a esta situação e esperar que tudo volte ao normal o mais rápido possível”, disse, citado pelo Punto de Break.

Quanto ao seu compatriota Novak Djokovic, Lajovic diz compreender as críticas de que o número um mundial foi alvo foi alvo pelo facto de ser contra vacinas:

“O Nole (Djokovic) tem um grande número de seguidores por todo o mundo e é uma pessoa com muita repercussão mundial. Por esse motivo, é lógico que apareçam pessoas que não esteja de acordo com a posição dele. Concordo que todas as pessoas têm que ter uma opinião acerca de qualquer tema, mas tem que se ter cuidado na forma com que se expressa determinada opinião. Muitas pessoas responderam às declarações do Djokovic: uma delas foi o Rafa (Nadal) que também tem uma opinião sobre esta questão e todos devem respeitá-la. O direito à opinião é um conceito básico de democracia”, disse.

Dusan Lajovic mostra-se ainda de acordo que os tenistas em dificuldade sejam ajudados:

“É muito bom que nos ajudemos nestas situações. A maioria dos tenistas que estão no top ten já passaram por isto em algum momento das suas carreiras. Os tenistas que estão lá para baixo necessitam de jogar ténis para poder sobreviver. Um jogador que está na posição 400 e que não ganhou nada está em ‘alerta vermelho'”, disse.

Jornalista de formação, apaixonado por literatura, viagens e desporto sem resistir ao jogo e universo dos courts. Iniciou a sua carreira profissional na agência Lusa com uma profícua passagem pela A BolaTV, tendo finalmente alcançado a cadeira que o realiza e entusiasma como redator no Bola Amarela desde abril de 2019. Os sonhos começam quando se agarram as oportunidades.