Kyrgios: «Em algumas ocasiões acho que sou um grande modelo a seguir»

Kyrgios: «Em algumas ocasiões acho que sou um grande modelo a seguir»

Por Pedro Gonçalo Pinto - março 26, 2022

Nick Kyrgios deu muito espectáculo ao gastar apenas 51 minutos para ultrapassar Andrey Rublev e garantir um lugar na terceira ronda do Masters 1000 de Miami, onde vai defrontar Fabio Fognini. O australiano, que regressa virtualmente ao top 100, deu depois uma conferência de imprensa sem papas na língua, como sempre, e foi questionado sobre a polémica de Jenson Brooksby, que atingiu um apanha bolas nos pés com a sua raquete.

“Já fiz muitas coisas questionáveis na minha carreira. Todos tomámos decisões questionáveis, seja no trabalho, numa relação. Ninguém é perfeito. Não sou ninguém para julgar um comportamento. Ele é um jovem que está a evoluir muito rápido e que vai ter muitos olhos postos nele. Eu não fui o melhor modelo enquanto crescia no circuito e às vezes não o sou. Mas em algumas ocasiões acho que sou um grande modelo a seguir. Brooksby sabe que o que fez não é correto, mas não foi de propósito. Vamos ter de o educar e é alguém de quem cuidar no nosso desporto porque é incrivelmente talentoso. Não o vai fazer outra vez”, destacou.

Sobre a vitória contra Rublev, Kyrgios admitiu que foi um retrato perfeito daquilo que ele pode fazer em court. Embora não descarte um dia mau que possa aparecer. “Top 10, top 20 ou top 1000, não quero saber. Eu posso perder ou ganhar contra qualquer um independentemente do dia. Esta tem sido a história da minha carreira, por isso estou apenas feliz por continuar em prova”, revelou o australiano, que garante estar motivado.

No entanto, também fez pensar com uma outra respostas. “Estou obviamente feliz por ter jogado como consegui, mas sei que as coisas podem mudar muito rápido. Ter a resposta da tua vida com paz ajuda-te a jogar o teu melhor ténis. Agora estou com a mentalidade correta neste momento. É só um encontro. No fim de tudo, isto é só ténis. Há coisas muito mais importantes a acontecer no Mundo que deviam ter a nossa atenção”, rematou.

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O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt