Kyrgios com conferência bombástica: «As lendas australianas tem uma obsessão por deitar-me abaixo»
Nick Kyrgios, de 27 anos, vai jogar a sua primeira final de Grand Slam, não teve de disputar meia-final esta sexta-feira, devido à desistência de Rafael Nadal, mas passou na mesma pela sala de conferências de imprensa para falar sobre esse feito. O australiano não deixou de responder… a nenhuma pergunta.
AINDA INCRÉDULO
Nunca pensei que pudesse jogar uma final de Wimbledon. Achei mesmo que estava na fase final da minha carreira e subitamente… aqui estou eu, com a possibilidade de ganhar Wimbledon, o pináculo deste desporto. Vou dar tudo e estou pronto.
QUATRO DIAS DE FOLGA NÃO É MUITO?
Pode ser sim. O meu corpo está habituado à rotina de ter um encontro de dois em dois dias e por isso hoje vou forçar a treinar mais horas, para criar no meu corpo uma certa sensação de competição. Custou-me bastante dormir ontem, já estou muito nervoso e tenho de tentar dormir um pouco mais esta noite.
AGORA JÁ GOSTA DE TÉNIS?
Tem havido momentos na minha carreira em que eu odeio o ténis, mas eu sempre adorei competir, até quando jogo Nintendo. Sou das pessoas mais competitivas que pode haver. Não sei se a minha relação com o ténis vai mudar muito. Sei que adoro competir, adoro derrotar o outro. Adoro a situação de poder ganhar ou perder. Uma coisa é certa: no domingo estarei muito contente com este torneio.
LENDAS AUSTRALIANAS NÃO GOSTAM DELE
As grandes estrelas do ténis australiano nunca me apoiaram, nem ao longo da minha carreira, nem destas duas semanas. É difícil valorizar qualquer coisa que eles digam. Eu fico sempre muito feliz quando vejo os australianos irem longe e ganharem torneios, mas o único grande jogador australiano que me tem apoiado é o Lleyton Hewitt. É alguém sempre me respeitou, apoiou e soube manter a distância para deixar que eu seja eu mesmo. Não tenho nenhum apoio de todos os outros. Têm uma espécie de obsessão em deitar-me abaixo que eu não consigo compreender.
O MIÚDO ‘GORDINHO’ DE CAMBERRA ESTÁ NA FINAL DE WIMBLEDON
É hilariante. Eu era um miúdo gordo, que treinava em courts péssimos em Camberra. Estar na final de Wimbledon é um grande exemplo para todas as crianças que nasceram em contextos desfavoráveis. Sou a prova de que é possível se acreditarmos. Muita gente deixou de acreditar em mim, mas eu nunca deixei. Eu nunca duvidei.
CALENDÁRIO MAIS REDUZIDO
É verdade que tenho saltado partes da temporada, mas ainda viajo cinco ou seis meses por ano, o que não gosto. Não gosto desta parte da vida de tenista em que nunca paramos. Gostava de ter mais tempo para parar e refletir entre torneios e experiências.
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