Karatsev: «Tinha 200 mensagens no WhatsApp mas agora vão ser mais!»
O incrível Aslan Karatsev não pára de fazer história. O qualifier russo está nas meias-finais no Australian Open, naquela que é a sua estreia em quadros principais de torneios do Grand Slam, e confessa que quase nem acredita que tudo isto está mesmo a acontecer. É que o objetivo do 114.º classificado do ranking para esta temporada era… entrar no top 100 pela primeira vez. Pois bem, o top 50 já está garantido.
“Claro que há um ano não pensava que isto era possível. Há quatro meses era 116.º e o meu primeiro pensar foi decidir tentar chegar ao top 100 até ao fim de 2020. Mas isso não aconteceu. Então pensei que, desde o início, o meu primeiro passo era entrar no top 100. Era esse o meu pensamento”, começou por dizer, assoberbado em mais uma conferência de imprensa.
O que também não tem parado é o telemóvel de Karatsev, como o próprio russo de 27 anos confessou. “Tinha umas 200 mensagens no WhatsApp, mas agora vão ser mais!”, confessou, bem-disposto, antes de ser questionado sobre se acredita que pode conquistar o Australian Open: “Vamos ver. Quer dizer, o que é que posso dizer? Vamos ver. É ir jogo a jogo.”
Para quem não conhece Karatsev, o russo fez uma espécie de biografia, onde contou aquilo que tem sido a sua vida, com uma menção para o português Luís Lopes, com quem trabalha a parte física. “Nasci na Rússia em Vladikavkaz. Mudei-me para Israel quando tinha três anos e comecei a treinar lá. Cresci e fiquei lá até aos 12 anos, quando voltei para a Rússia com o meu pai. Estava a ver perto de Rostov e arranjei um patrocinador lá. Treinei lá até aos 18 anos e fui para Moscovo, onde comecei a trabalhar com Tursunov, que me disse que me ia ajudar a mudar para a Alemanha. Fiquei dois anos em Halle e depois fui para Barcelona três anos. Agora estou a trabalhar com Yahor Yatsyk, o meu treinador, na Bielorrússia. Também tenho um preparador físico, o Luís, de Portugal”, resumiu.