João Sousa: «Se tiver de passar dois anos para voltar ao top 100 então que seja»
Com inúmeros feitos alcançados e uma carreira notável já construída, João Sousa não esconde que custa estar de novo a lutar num patamar que já lhe era desconhecido. No entanto, o português, número 182 do ranking ATP, recusa baixar os braços e fala abertamente sobre a frustração que sente quando as coisas não lhe saem tão bem.
“Uma pessoa tem a sua carreira, a sua memória e é difícil deixar de lado essa expectativa. Hoje simplesmente sou o João, venho aqui jogar e ponto. Sem importar o que já fiz e o que irei fazer”, afirmou o melhor português da história, em entrevista ao portal espanhol ‘Punto de Break’.
Por agora longe do top 100, Sousa não esconde que tem esse objetivo, mas sem demasiada pressa. “A urgência não deve existir, cada um deve fazer o seu caminho. Se tiver de passar dois anos para voltar ao top 100, mas estiver mentalmente bem, então que seja. Ou em meio ano, um ano, não sei, o tempo que for preciso. Há uns tempos, bastou-me jogar um ano de Challengeres para alcançar o top 100, só joguei estes torneios em 2012 e subi logo bastante rápido. A ambição é que me faz estar aqui a jogar e a tentar de novo”, sublinhou.
Por outro lado, o vimaranense de 32 anos aponta o que falta para recuperar um nível mais alto e mais condizente com aquilo que tem sido a sua carreira. “Depende muito do físico. O que me aconteceu foi que fisicamente não estava bem, por isso o meu nível baixou tanto e comecei a perder encontros. Uma vez que o físico está recuperado, faz falta ver se mentalmente estou para continuar a competir”, acrescentou.