João Sousa partilha dor: «As derrotas aqui em Portugal tocam-me mais»

João Sousa partilha dor: «As derrotas aqui em Portugal tocam-me mais»

Por Pedro Gonçalo Pinto - abril 26, 2022
Crédito: Millennium Estoril Open

João Sousa caiu na primeira ronda do Millennium Estoril Open e não escondeu a desilusão por não ter conseguido colocar em campo o seu ténis contra Sebastian Baez. O número um nacional, campeão em 2018, garantiu que se sentia melhor até do que nesse ano, mas não conseguiu impor o nível que estava a mostrar nos treinos.

ANÁLISE AO ENCONTRO

Nem eu joguei bem e ele fez um bom jogo. Não tenho muito a dizer. Acho que não consegui entrar sequer no encontro. Apesar do primeiro jogo me ter sentido realmente bem, com o meu estilo agressivo, mas a partir do 1-1 40-40 que tive, falhei uma direita fácil e perdi toda a sensação do encontro, todo o enquadramento que esperava ter. Perdi nove jogos seguidos, o que não é normal num jogador de ténis e muito menos a este nível. Mérito dele.

DOR DE PERDER EM PORTUGAL

Uma derrota é uma derrota. As derrotas aqui em Portugal tocam-me mais porque a expectativa da minha parte é alta. Sei que há muitas esperanças depositadas em mim e nas minhas performances. Não conseguir corresponder a essa expectativa, se é minha ou dos outros, é motivo de ficar triste. Sinceramente, acho que este ano foi o ano em que cheguei em melhores condições, até do que em 2018, a jogar muito bem, e a treinar muito bem. Custa mais aceitar que não consigo meter isso no encontro. Existe uma deceção muito grande, mas estamos habituados a perder. Faz parte da vida de um jogador de ténis.

O QUE É QUE FALTOU

Faltou intensidade, ser agressivo e ser fiel ao que tenho vindo a meter em prática nos treinos. Estou muito dececionado comigo. Dei tudo o que tinha, o público esteve muito bem a tentar puxar por mim. Quando há poucos pontos para o meu lado é difícil apoiar, mas estiveram do meu lado, não há muito mais a dizer.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt