João Sousa: «O Rafa disse-me uma vez que o mais difícil do mundo é jogar bem em casa»

João Sousa: «O Rafa disse-me uma vez que o mais difícil do mundo é jogar bem em casa»

Por Susana Costa - abril 30, 2019

“Nervosismo acrescido”. Foi desta forma que João Sousa explicou os altos e baixos que marcaram o seu embate de estreia no Millennium Estoril Open, que terminou com um triunfo em três sets sobre o australiano Alexei Popyrin. “Estava nervoso, por querer muito vencer, por querer muito jogar bem em casa”, admitiu o vimaranense de 30 anos, que no ano passado se tornou no primeiro tenista português de sempre a sagrar-se campeão no nosso país.

“O Rafa [Nadal] disse-me, uma vez, que o mais difícil do mundo é jogar bem em casa. Há muitos jogadores que nunca conseguiram ganhar um título em a casa, mesmo quando são número um. Acredito que é uma coisa normal entre os jogadores”, revelou o vimaranense de 30 anos.

Admitindo estar “bastante cansado” devido à tensão do encontro, mas destaca a forma como soube dar a volta à situação.  “objetivo principal era vencer e foi conseguido. O público foi irrepreensível desde o primeiro set, ajudou-me muito, a conseguir jogar a um bom nível e a lidar com o nervosismo”.

Prefere deixar para depois a conversa da revalidação do título, já que se tratam de “palavras maiores”, deixando elogios ao seu jovem adversário de 19 anos. “Foi um encontro difícil. É um jogador que serve muito bem, que quando tem tempo pega na direita e domina muito bem o ponto. Surpreendeu-me, porque pensava que não defendia tão bem. Para a altura que tem, é bastante flexível e rápiod. Nos próximos anos vai fazer grandes resultados”.

David Goffin, com quem perdeu quatro dos cinco embates que jogaram, é o seu próximo adversário. “Não acho que tenha de elevar o meu nível para derrotá-lo. Estou contente com o nível de hoje”, concluiu João Sousa, que regressao ao court já nesta quarta-feira, para lutar por um lugar nas meias-finais da variante de pares.

 

Descobriu o que era isto das raquetes apenas na adolescência, mas a química foi tal que a paixão se mantém assolapada até hoje. Pelo meio ficou uma licenciatura em Jornalismo e um Secundário dignamente enriquecido com caderno cujas capas ostentavam recortes de jornais do Lleyton Hewitt. Entretanto, ganhou (algum) juízo, um inexplicável fascínio por esquerdas paralelas a duas mãos e um lugar no Bola Amarela. A escrever por aqui desde dezembro de 2013.