João Sousa: «Gasto entre 200 a 220 mil euros por ano mas felizmente já os consigo pagar»

João Sousa: «Gasto entre 200 a 220 mil euros por ano mas felizmente já os consigo pagar»

Por José Morgado - setembro 12, 2018
sousa

João Sousa foi o convidado desta quarta-feira da ‘Grande Entrevista’, da RTP, onde falou do seu percurso recente no US Open, da sua carreira profissional, do dinheiro que gasta e até de alguns dos temas quentes do momento.

O vimaranense de 29 anos analisou a sua caminhada histórica rumo à segunda semana em Nova Iorque. “Foi um bom marco, depois de semanas em que não consegui ganhar encontros, mas foi fruto de muito trabalho. Contra o Novak estava muito calor, mas penso que fiz um bom encontro. Poderia ter jogado melhor, claro, mas mérito para ele também. É uma experiência única jogar em Nova Iorque, no maior court do Mundo, diante de um dos melhores do Mundo”.

Sobre o encontro com Djokovic, que viria a ser campeão, Sousa admitiu que entrou em campo para vencer. “Sou consciente de que o Djokovic está num grande momento, com confiança, grandes resultados. Tínhamos de tentar para vencer, mas dei tudo o que tinha, tentando pôr em prática o que preparámos. Mas ele foi melhor do que eu.”

Sousa assegura que hoje em dia já pode ter uma vida confortável, depois de ter sido muito ajudado pelos pais, Armando e Adelaide. “Sinceramente nunca calculei ao certo quanto gasto: mas é o salário do treinador, do preparador físico… diria que nunca ano posso gastar perfeitamente 200 mil euros, envolvendo equipa, viagens, hotéis e todos os gastos de alimentação. Entre 200 e 220. O que ganho, felizmente, já compensa isso hoje em dia. Durante muitos anos não foi assim. Há muitos jogadores que jogam muito bem mas não conseguem chegar a ser realmente profissionais porque não conseguem suportar esses gastos. Eu até poder fazer face tive a ajuda dos meus pais.”

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt