João Sousa: «Desporto à porta fechada não é a mesma coisa mas vamos ter de nos habituar»
João Sousa participou esta terça-feira na rubrica ‘Polaris Talks’, onde falou com o futebolista do Barcelona Nelson Semedo sobre a sua carreira e este período difícil que enfrentamos. O vimaranense voltou a mostrar a sua preocupação com a vertente financeira da modalidade e lembrou que nada será como antes nos próximos tempos.
“Temos um grupo de top 100 onde tem sido discutida a situação financeira, que não está fácil. No ténis quem não joga não recebe. Nada voltará a ser como antes nos próximos tempos, temos a noção disso. A prioridade será a segurança dos jogadores e das pessoas”, assumiu o vimaranense de recém cumpridos 31 anos.
Sousa assume que jogar à porta fechada será triste e retira um elemento fundamental ao ténis, mas admite que os jogadores terão de se habituar. “Desporto à porta fechada não é a mesma coisa. O público em Wimbledon é super respeitoso, mas no US Open por exemplo está toda a gente a falar. Não ter esse fator será muito estranho. Vamos ter de nos habituar mas para mim não vai ser fácil. Vai ser tipo ambiente de treino. “
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Tal como Semedo, Sousa sonhou desde pequeno em chegar ao topo e não esconde que foi estranho jogar com Federer e Nadal das primeiras vezes. “Quando era pequeno via o Federer e o Nadal na televisão e acabou por ser um percurso natural. Com o passar dos anos passei a sentar-me ao lado deles e a jogar com eles…”
O minhoto assume-se fã do ambiente do Australian Open e lembre o encontro mais longo da sua carreira. “Em termos de ambiente, é muito giro a Austrália. Há pequenas claques que vão mesmo ver o teu jogo. O meu encontro mais longo foi 4 horas e 20 minutos em Wimbledon. Nem dás por isso pois estás concentrado, na tua, nas tuas rotinas. Esse encontro começou às 5 da tarde e estava de dia. E de repente as luzes ligam. Aí apercebes-te, mas nem olhas para o relógio. Vais gerindo o esforço. Só no fim é que olhas para a hora e pensar ‘fogo, estive ali 4h20’.”